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Celular indica que suspeito de matar família esquartejada na Espanha estava no local do crime

Dados de geolocalização associados ao celular de Patrick Nogueira, sobrinho de uma das vítimas e suspeito do crime, apontam para sua presença na casa, no suposto dia das mortes, 17 de agosto.
O juiz do Tribunal de Instrução número 1 de Guadalajara (Espanha) suspendeu nesta sexta-feira (14) o sigilo que vigorava sobre a investigação do assassinato da família brasileira na localidade de Pioz, em um chalé, encontrada esquartejada em sacos plásticos. José Julián Gregorio, representante do Governo espanhol na região de Castela-La Mancha, onde fica Pioz, confirmou nesta sexta-feira que os dados de geolocalização associados ao celular de Patrick Nogueira, sobrinho de uma das vítimas e suspeito do crime, apontam para sua presença na casa, no suposto dia das mortes, 17 de agosto. 
Patrick teria passado grande parte da noite na casa, limpando e apagando rastros, para depois tomar um ônibus com destino a Guadalajara. Nesse dia, Marcos Campos, tio do suspeito, faltou sem avisar ao seu trabalho num restaurante de Alcalá do Henares. 
Os corpos do casal Marcos Campos e Janaína Santos Américo e dos dois filhos foram achados pela Guarda Civil em 18 de setembro. As duas crianças foram degoladas. A Justiça brasileira solicitou, via carta rogatória, todas as providências cabíveis sobre o caso do quádruplo homicídio, para iniciar o processo penal contra o principal suspeito, Patrick Nogueira, sobrinho de uma das vítimas. Patrick está desde 22 de setembro no Brasil, onde deverá ser julgado. Somente as partes citadas nos procedimentos judiciais poderão ter acesso ao processo, segundo o último auto do juiz.
Suposta fuga - O suposto assassino antecipou sua volta ao Brasil e embarcou um dia depois da descoberta dos cadáveres de seu tio Marcos Campos Nogueira, da mulher dele, Janaína Santos Américo, e dos dois filhos pequenos do casal, de quatro e um ano. Interrogado por policiais em João Pessoa, sua cidade natal, na presença de um advogado contratado dias antes por sua própria família, Patrick Nogueira afirmou que fugiu da Espanha “por medo de ser o próximo” e justificou a presença de seus rastros na cena do crime pelo fato de que durante um tempo conviveu com seus tios e primos.
Entretanto, o celular de Patrick está sendo considerado como uma das “provas indubitáveis” que levaram os agentes da Guarda Civil a dar o caso por encerrado. 
Os investigadores apontaram inicialmente a participação de “pistoleiros profissionais”, dadas as características “metódicas” e sanguinárias do crime. Entretanto, a descoberta de um quinto parente que não havia dado sinais de vida, e que tampouco havia denunciado o desaparecimento de seus parentes, e que além do mais havia fugido para o Brasil assim que os cadáveres foram descobertos, fez de Patrick Nogueira o principal suspeito e até agora único suposto autor do quádruplo homicídio.
Conflito com a Justiça brasileira
A Justiça espanhola está em conflito com a brasileira neste caso, já que a Constituição do Brasil proíbe a extradição de cidadãos seus para o exterior. Em vez disso, prevê a remessa, via carta rogatória, de todas as diligências policiais e judiciais feitas na Espanha, para o início de um processo penal no Brasil. Essa solicitação das autoridades brasileiras deverá ser cumprida nos próximos dias.
Os quatro cadáveres da família Nogueira permanecem em Madri à espera de que Walfran Campos Nogueira, irmão de Marcos, possa repatriá-los. Sem receber muita ajuda do Itamaraty ou do consulado brasileiro em Madri, ele abriu uma conta bancária na Espanha (ES76 0081 0144 6200 0203 9405, BIC: BSaBEssb), contatou com associações de brasileiros emigrados e iniciou um financiamento coletivo na internet para tentar arrecadar o valor estimado para o transporte dos corpos, de aproximadamente 25.000 euros (R$ 88.000 reais).
Da Redação
Com Click PB
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