O número de doadores de órgãos em potencial subiu 5,63% e o de efetivos aumentou 57,3% na Paraíba, entre 2015 e 2016. No entanto, a recusa da família, no caso dos doadores falecidos, ainda é o principal entrave para que o ato seja concretizado. As informações estão no último levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). De acordo com entidade, a melhora nos números significa também mais esperança para quem precisa de um transplante, sobretudo no caso em que as doações podem ser feitas por um doador vivo.
A gerente de ações estratégicas da Central de Transplantes da Paraíba, Mírian Carneiro, disse que tem se tornado mais frequente o transplante entre vivos. Contudo, as doações por parte de falecidos poderiam ser ampliadas se as pessoas se conscientizassem e manifestassem em vida o desejo de ser doador de órgãos.
“É importante que as pessoas que têm essa vontade falem com seus familiares a respeito. Geralmente, quando os familiares sabem, eles respeitam a vontade do doador. Para ampliar isso, nós fazemos campanhas em escolas, hospitais e em datas temáticas”, explicou Mírian Carneiro.
A engenheira elétrica Helen Barboza, de 31 anos, se declara doadora e acredita que, além de solidário, o ato conforta também os familiares de quem perdeu um ente querido. “Sou uma pessoa prática. Se algo funcionar em mim, depois da minha passagem – me considero espírita –, então, vamos lhe dar utilidade. Jogar isso fora, na minha concepção, é também jogar fora um pouco de vida. É um conforto pensar que um pouco de luz pode surgir de certa dor”, comentou a jovem.
Da Redação
Com PB Agora