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Celulares vendidos por agentes no PB1 podiam custar R$ 50 mil e detentos faziam cotinha

A declaração foi dada em coletiva de imprensa após a autuação em flagrante de dois agentes penitenciários e três familiares ligados a um dos agentes durante a Operação Black Friday.
O delegado Alan Murilo Terruel não descarta haver investigações sobre o esquema de vendas de celulares entre detentos e agentes penitenciários também em outros presídios da Paraíba. A declaração foi dada em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19) após a autuação em flagrante de dois agentes penitenciários e três familiares ligados a um dos agentes durante a Operação Black Friday, de combate a essa comercialização de aparelhos na Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1. 
O delegado disse ainda que dependendo dos celulares, os preços variavam de R$ 15 mil a R$ 50 mil. Na operação de hoje, um preso foi encontrado com cinco celulares.
"Essa é uma requisição de uma investigação pontual, que foi estabelecida em nível de força tarefa, e na medida em que nós recebermos outras requisições, nós vamos providenciar outras investigações", disse o delegado que explicou haver três detentos que faziam a mediação entre os outros presidiários e os agentes penitenciários. Ele também disse que os investigadores monitoraram duas entregas de dinheiro feitas aos familiares do agente Manuel. A segunda seria feita às 19h de hoje, mas o grupo foi desmontado antes disso.
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A Operação Black Friday investiga os agentes Júlio César Batista e Manuel Ferraz, além da esposa de Manuel, Geise, da cunhada dele, Carla, e do marido de Carla, Reginaldo. Carla teria fornecido a conta bancária para os pagamentos dos detentos. Os órgãos que investigam o grupo estavam acompanhando a movimentação bancária de Carla. Geise é irmã de Carla e casada com o agente Manuel.
Segundo o delegado Allan Terruel, o inquérito foi instaurado e começaram as oitivas. “Conseguimos identificar a pessoa que recebia os valores de dinheiro (Carla). E tinha uma irmã (Geise) que era casada com um dos agentes penitenciários (Manuel). Passamos a investigar e monitorar as entregas (de celulares). ”
A operação foi uma "ação controlada", segundo o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
“Por meio dos celulares, vários crimes são gestados. Assim como expõem a segurança dos próprios agentes. Após o dia 10, foi constituída uma força tarefa para entender o que houve naquele dia (de fuga) quando se planejou atacar o presídio (PB1). Logo após, existiu a prisão na orla (de suspeitos de participação no ataque ao PB1). A ação controlada é uma medida especial de investigação que permitiu culminar com o flagrante. A comercialização era uma prática comum. Os presos se cotizavam e através de um determinado preso que pagava os valores cobrados pelos agentes. Agora vamos formalizar todos os inquéritos e iremos conseguir mais evidências de outros que estejam envolvidos”, Octávio Paulo Neto, coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
A Operação Black Friday envolveu, além do Gaeco, também a Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deccor) e a Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica (Gisop) da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).


Da Redação
Com Click PB
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