O governador Ricardo Coutinho (PSB) participou do ato em apoio ao candidato a presidente, Fernando Haddad (PT), no bairro dos Bancários, em João Pessoa, neste sábado (20). Ele criticou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e disse que no domingo (28) vai ser o confronto entre o obscurantismo e iluminismo.
Ricardo disse que Bolsonaro defende a retirada de direitos trabalhistas e criticou a condenação do ex-presidente Lula. "A agenda de retirar direitos trabalhistas, de preparar e entregar o petróleo e a energia, o poder que o Brasil tem com o pré-sal, entregar para os Estados Unidos. A agenda de tornar o Brasil menos competitivo num mundo com tanta competitividade nos dias de hoje. Isso foi construído passo a passo e depois chegaram ao cúmulo de condenar a maior liderança que esse país tem, sem ter uma única prova concreta contra esse cidadão chamado Luiz Inácio Lula da Silva."
O gestor disse que o único discurso de Bolsonaro é o discurso de ódio. "Mas a gente sabe que tem uma parte da população que consegue ser atingida por esse vendaval, que está sendo manipulada exatamente por essas forças misteriosas e poderosas que querem controlar o nosso povo e lançam, então, um 'gás' a um candidato que não tem sequer um único discurso. O único discurso que o 'candidato do atraso, da violência' conseguiu fazer, ao longo de sua vida, foi o discurso do ódio e da violência e da arma."
E defendeu o nome de Fernando Haddad para a Presidência da República. "O momento é de afirmar, neste país e neste mundo, a fraternidade, por mais que alguém diga que isso é ultrapassado. Isso não é ultrapassado, isso é futuro. Precisamos escrever uma nova página na história desse país. E só escreve uma história quem tem capacidade de elaborar, de ensinar... Quem é professor da vida, da história... Quem tem conhecimento, sensibilidade para poder olhar para o nosso povo e, ao mesmo tempo, não ter a coragem de discriminar o nosso Nordeste."
Ricardo defendeu o Nordeste e disse que a cultura fica pobre sem a contribuição do Nordeste. "Eu fico observando a cara de pau daquele outro candidato ao se referir ao Nordeste de forma jocosa. Ele não sabe o que é cultura. Porque no Brasil, se retirar o Nordeste, se retira a alma porque a alma é nossa cultura. Se retirar o Nordeste, a literatura fica completamente pobre, as artes plásticas, a música... Nós somos a reserva cultural desse país. E alguém que queira ser candidato não pode desprezar uma região que sabe mais do que ninguém os passos que deu para poder se livrar do autoritarismo, do coronelismo, do atraso e do retrocesso. É por isso que nosso voto é livre, é feito de uma forma que eles lá não compreendem."
O governador citou que foi difícil tirar o Brasil do regime de ditadura militar e que a democracia é uma conquista de todos. "Haddad disse muito bem: "em vez de armas, eu quero dar livros, eu quero dar educação, ciência, tecnologia, futuro e esperança a esse país." O Brasil precisa de futuro. Nós enquanto povo temos que voltar a nos unir e não vamos nos unir com quem nos desune. Não vamos nos unir com quem é contra a democracia porque a democracia é conquista de todos nós. Até aqueles que não se sentem contemplados na democracia, talvez não lembrem como foi duro retirar o país da ditadura."
O ato em apoio a Haddad partiu da Praça do Coqueiral, em Mangabeira, às 15h, e seguiu até a Praça do Paz, nos Bancários. Ainda neste fim de semana, o PT na Paraíba realizará um ato amanhã da entrada de Mangabeira até o Mercado Público do bairro, às 9h. O fim de semana é de mobilizações nacionais organizadas por apoiadores de Haddad e de Bolsonaro, respectivamente.
Da Redação
Com Click PB