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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COMPLETA 30 ANOS COM CORTES E FUTURO DUVIDOSO

O Sistema Único de Saúde (SUS) completa 30 anos em 2018. Reconhecido internacionalmente como um dos maiores mecanismos de acesso à saúde pública, o programa mudou a cara do país, por dar mais qualidade de vida às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Entre acertos e fragilidades, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram a publicação “Relatório 30 anos de SUS. Que SUS para 2030?”, uma forma de pensar o futuro do programa no País.

Seguindo o mesmo caminho, o CORREIO conversou com usuários do SUS na cidade João Pessoa, buscando responder à questão proposta pela OPAS/OMS: Que SUS você quer para os próximos 30 anos?

Mãe de duas filhas, uma de 5 e outra de 1 ano de idade, Márcia Paz da Silva, 36 anos, está desempregada e nunca conseguiu ter acesso à saúde particular. Sempre que precisa de qualquer consulta médica ou medicamento, depende do que recebe em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Moradora do bairro do Roger, ela espera que o poder público esteja próximo nos momentos em que ela e suas filhas precisarem.

“Eu penso mais nelas, né? Elas estão crescendo e espero que elas não precisem ir em posto de saúde quando estiverem mais velhas, adultas. Espero que possam pagar por um plano de saúde. Nunca pude pagar, porque não tenho emprego, então sempre que precisamos eu busco um posto. Às vezes falta médico, às vezes falta remédio, mas aqui no bairro sempre está aberto. Pode demorar um pouco, mas a gente sempre consegue atendimento. Para os próximos anos espero que tenha mais médicos e que a gente consiga sempre os remédios, porque nem sempre a gente consegue pagar, quando falta na farmácia do posto”, disse.

Em relatório, as entidades alertam que, para que seja possível alcançar o acesso universal a medicamentos e outras tecnologias, superando as assimetrias socioeconômicas e geográficas, é necessário aprofundar as políticas bem-sucedidas e promover novas ações que contemplem os desafios atuais. Destaque para a ampliação do financiamento público, hoje ameaçado por medidas de austeridade fiscal.

A OPAS/OMS destacam ainda que, para que a sustentabilidade da provisão de medicamentos seja garantida, é preciso fortalecer as políticas integradas que impactam sobre a redução dos preços (políticas de propriedade intelectual com critérios de saúde pública, promoção dos medicamentos genéricos e do complexo industrial da saúde, regulação econômica do mercado, da incorporação tecnológica) junto com políticas de ampliação do investimento em saúde.

Da Redação
Com Portal Correio
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