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Conheça a saga dos portadores de diabetes na Paraíba

A falta de insulina pode resultar em acúmulo de glicose no sangue, o que se chama de hiperglicemia.
Era a década de 80 quando, aos 13 anos de idade, Cassandra de Lucena foi diagnosticada com diabetes, doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue. Hoje, com 49 anos, ela precisou aprender a conviver com a doença. Cassandra conta que na época do diagnóstico, o controle do índice de glicemia era mais complicado por falta de tecnologia acessível. Atualmente o desafio de Cassandra e de mais 214.685 paraibanos diagnosticados com essa doença é o acesso ao remédio.
A Legislação Brasileira na Constituição Federal, no Art. 196 prevê que a saúde é um direito de todo cidadão e dever do Estado. Para garantir esse direito através do Sistema Único de Saúde (SUS) o paciente diabético precisa de uma determinação judicial, mas mesmo com essa ação, em alguns momentos, isso não é garantido. Cassandra passou por isso no início deste ano, e diz que ao ir em busca do remédio, não tinha retorno. “Eles diziam: ‘Não tem, foi feito solicitação e não tem data para chegar’. Ao falar com a imprensa, eles resolvem. Então a gente vai logo para rádio e TV”, conta.
A falta de insulina pode resultar em acúmulo de glicose no sangue, o que se chama de hiperglicemia. O uso é regrado e aqueles que conseguem manter um bom controle, conseguem evitar complicações, como lesões em todo o corpo incluindo olhos, rins, vasos sanguíneos, coração e nervos. Quando Cassandra não conseguiu a medicação via SUS, teve que comprar com o próprio dinheiro. O jeito é comprar. Não pode passar nem um dia, é rápido que ela (glicose) sobe, então a cada alimentação tem que tomar rápido”, explica.

Grupo Docinhos

Na tentativa de se ajudarem, alguns portadores de diabetes participam de um grupo do Whatsapp chamado ‘Docinhos’, onde compartilham medicamentos. “Quando não tem medicação um recorre ao outro. Quando não tem fitinha aí a gente distribui assim. Esse mês eu peguei dois refis, eu coloquei no grupo, tinha um rapaz que estava precisando e foi pegar”.

Quase 1,7 mil morreram por diabetes

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, no ano de 2017 foram notificados 1.690 óbitos decorrentes da diabetes. O Ministério da Saúde, estima que 5,3% da população paraibana seja portadora desta doença, o que corresponde a 214.685 paraibanos.
São 35 anos convivendo com a doença. Cassandra é mais uma entre tantos pacientes que precisaram aprender a lidar com a doença que exige muita disciplina e comprometimento. “A gente leva a vida normal, é uma patologia tem que saber conviver . Na diabete tipo 1 a gente tem a insulina, ai tem que fazer exercício, regular a alimentação. É uma vida regrada, e até pode comer doce. Agente vive uma vida normal, mas sem excesso”, desabafa. Ela ainda lembra que precisa “ter consciência daquilo que você possui dentro do seu corpo, se não tiver cuidado vem a complicação”.

Dia Mundial do Diabetes

O dia 14 de novembro é lembrado como Dia Mundial do Diabetes. O objetivo é orientar a população para prevenir a doença, pois o desconhecimento sobre os sintomas e o tratamento tem sido um dos obstáculos para conter esse mal.
A data contará com atividades em todo o país, que podem ser conferidas no site oficial da campanha.
Da Redação
Com Portal Correio
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