Este ano, em João Pessoa, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu 96 casos de intoxicação exógena que tem, como uma das causas, o excesso de medicamentos. O clínico geral, Thiago Senna, observou que os medicamentos mais usados são analgésicos, como dipirona e paracetamol, e um dos riscos é que os fármacos utilizados sem prescrição acabam mascarando o quadro clínico da doença, dificultando o diagnóstico médico e comprometendo o tratamento.
“A maioria dos pacientes que atendemos na urgência ou no consultório, que fazem automedicação, geralmente vêm para o consultório porque apresentam piora do quadro. Geralmente essa piora costuma ser importante. Essa pessoa pode ter complicação, seja por uma infecção ou qualquer outra doença”, ressaltou.
Segundo o médico, o problema ocorre porque, no Brasil, existe muita brecha. Nos Estados Unidos, só se compra sem receita dipirona, paracetamol e antialérgico. Os demais só com prescrição médica. Para ele, o país deveria seguir esse exemplo.
Da Redação
Com PB Agora