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Bolsonaro quer estados e municípios na reforma, mas cita impasse na Câmara

Presidente afirmou que há parlamentares favoráveis às mudanças no sistema de aposentadoria, mas que votam contra por causa do desgaste político.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu neste sábado, 1º de junho, a manutenção de estados e municípios na reforma da Previdência, conforme o projeto encaminhado pelo governo ao Congresso. Ele ponderou, no entanto, que há impasse na Câmara sobre a situação por conta de desgaste entre parlamentares.
“Isso está sendo acertado pela Câmara. O que nós gostaríamos é que fosse tudo junto”, comentou Bolsonaro após participar de um churrasco na casa de um amigo, em Brasília. “Está esse impasse dentro da Câmara e eu não tenho nada a ver com isso. A Câmara é que decide agora”, declarou.
O presidente disse querer aprovar o texto “basicamente como chegou lá”. De acordo com ele, alguns parlamentares até são favoráveis à reforma, mas votam contra por causa do desgaste político. “Espero que o pessoal se entenda”, disse.
Ele manifestou confiança na aprovação da reforma em até 20 dias na Comissão Especial da Câmara e ainda fez um aceno ao relator do texto, Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmando que o deputado está trabalhando para aprovar “o que for possível da proposta” do governo.
Em entrevista exclusiva a VEJA, Bolsonaro explicou por que se opunha a mudanças no sistema de aposentadoria enquanto era deputado federal. “A cabeça de um parlamentar era uma coisa, a cabeça de um presidente, agora com acesso aos números, é outra. Na Câmara, muitas vezes você tem uma informação de orelhada. Por isso, eu sempre fui contra a reforma da Previdência. O que faz a gente mudar? A realidade. O Brasil será ingovernável daqui a um, dois, três anos. Se a reforma da Previdência não passar, o dólar pode disparar, a inflação vai bater à nossa porta novamente e, do caos, vão florescer a demagogia, o populismo, quem sabe o PT, como está acontecendo na Argentina, com a volta de Cristina Kirchner. O Brasil não aguentaria outro ciclo assim.”
Também em entrevista a VEJA, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se houver uma mudança muito radical na proposta original da reforma, se aprovarem, como alguns defendem, uma espécie de remendo chamado jocosamente de “reforminha”, ele renunciará ao cargo. “Pego um avião e vou morar lá fora”, avisa. “Já tenho idade para me aposentar.”
A proposta prevê mudanças que gerariam uma economia de até 1,2 trilhão de reais aos cofres públicos nos próximos dez anos. É, de acordo com a equipe econômica, a senha para o Brasil deixar a crise de lado e impulsionar o crescimento.
Churrasco
Bolsonaro deixou o Alvorada por volta de 12h30 rumo a uma quadra residencial no Lago Sul, área nobre da capital Brasília. Na saída ele não havia informado o destino. Só no local, os jornalistas descobriram que Bolsonaro é um dos convidados pelo dono da casa, que não quis se identificar, para um churrasco.
Ainda nas imediações do Alvorada, Bolsonaro desceu do carro para cumprimentar turistas e apoiadores que visitavam o local. Ele foi bastante assediado e elogiado. Bem humorado, trajando uma camisa da seleção brasileira, o presidente retribuiu o carinho com brincadeiras e poses para fotos.
Ao deixar o Palácio da Alvorada o presidente perguntou a apoiadores que o cumprimentavam se haviam gostado da possibilidade de ele indicar um evangélico como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). “Gostaram do evangélico no Supremo? Gostaram?”, perguntou o presidente. “É uma bênção”, respondeu uma mulher.
Ontem, em Goiânia, Bolsonaro questionou se não estava na hora de a Suprema Corte ter um magistrado evangélico. “Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”, perguntou o presidente, aplaudido de pé por fiéis que participaram da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia.
Da Redação
Com Click PB
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