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Colisão entre dois trens do Metrô do Recife deixa dezenas de feridos e paralisa Linha Centro


Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, 47 feridos foram levados para unidades estaduais.

Dois trens da Linha Centro do Metrô do Recife colidiram no começo da manhã desta terça-feira (18), na Estação Ipiranga, de acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, 47 feridos foram levados para unidades estaduais. Devido ao acidente, a Linha Centro estava paralisada até as 9h40, sem previsão de retorno.
Um trem estava parado na estação quando outro chegou e ocorreu a colisão, segundo a CBTU. Por volta das 7h, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) relataram ter retirado todas as vítimas de dentro das composições. Além dos socorridos para unidades estaduais, o Samu levou duas pessoas para a Policlínica de Afogados e duas para hospitais particulares.
O Grande Recife Consórcio de Transportes apontou que os ônibus foram reforçados. A Polícia Civil foi acionada e enviou equipes para o local.
“Eu analisei tudo que foi possível, com exceção das imagens que são solicitadas. Como se trata do primeiro acidente desse tipo que ocorre desde a implantação, tem muita análise a ser feita”, disse o perito Haroldo Azevedo.
Diariamente, cerca de 250 mil pessoas utilizam a Linha Centro, que atende o Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe.
O acidente também vai ser apurado pela CBTU. “O Metrô do Recife, a primeira coisa que se precisa dizer, é um metrô seguro. A gente nunca teve uma ocorrência como essa. A gente vai ter que avaliar se foi humano, se foi técnico. É uma empresa que tem 35 anos circulando na capital pernambucana e nada de mais grave aconteceu até o dia de hoje”, disse o gerente de comunicação da companhia, Salvino Gomes.
Feridos
O Samu Recife divulgou, às 9h30, um balanço final com registro de 37 pessoas socorridas por equipes do órgão municipal. Elas foram levadas para as seguintes unidades:
UPA Imbiribeira – 9
UPA Caxangá – 11
Hospital da Restauração – 8
UPA Ibura – 5
Policlínica de Afogados – 2
Hospitais particulares – 2

Os nomes dos feridos não foram informados. O Corpo de Bombeiros não divulgou número de socorridos pelas equipes da corporação.
“Conseguimos fazer a triagem e retirar todas as vítimas que estavam dentro dos vagões. Foram utilizadas mais de dez viaturas pelo Corpo de Bombeiros e Samu. A gravidade dos ferimentos só pode ser aferida em ambiente hospitalar. Muitos se queixaram de dores na coluna”, disse o capitão dos Bombeiros Antônio Barbalho.
A Secretaria de Saúde estadual registrou 47 pessoas socorridas para unidades ligadas à pasta, em nota divulgada às 9h40:
UPA da Imbiribeira: recebeu 25 pacientes. Desses, seis já receberam alta e 19 estavam realizando exames ou em observação, todos estáveis.
UPA da Caxangá: recebeu 11 pacientes. Desses, sete tinham sido liberados e quatro seguiam em observação, todos estáveis.
UPA do Ibura: recebeu quatro pacientes. Desses, dois receberam alta e dois estavam em observação, todos estáveis.
Hospital da Restauração: recebeu sete pacientes em sua unidade de trauma. Todos foram avaliados e estavam com estado de saúde considerado estável.

Testemunhas
A recepcionista Elandia Amaral, de 41 anos, estava em um dos vagões envolvidos no acidente. Ela contou que ia de Jaboatão para a estação Joana Bezerra, no Centro do Recife, quando ouviu um “estalo como se o motor estivesse se quebrando”.
“A gente pensou que o metrô tinha descarrilhado porque o impacto foi muito grande. A parte sanfonada quebrou toda, tivemos que sair pela porta do maquinista”, relatou.
Ainda segundo a recepcionista, tudo aconteceu muito rápido. Ao olhar para o lado, foi possível ver algumas pessoas feridas, que foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros.

“A gente anda que nem bicho, um em cima do outro, sem segurança. O metrô não pode funcionar desse jeito. À noite temos medo pela insegurança. De dia, temos medo das condições do transporte porque toda semana ele quebra”, afirmou.
Em entrevista ao Bom Dia PE, a passageira Viviane contou que, quando sentiu a pancada, caiu no chão. “Foi um caindo em cima do outro. Já vomitei muito, estou com dor no braço e com a coluna dolorida. Foi horrível”, disse.
A filha de Adelma Maria, de 53 anos, ficou sabendo do acidente por telefone. “Ela disse que o metrô se chocou contra um outro que estava parado. Como estava muito cheio, muita gente caiu. Minha mãe disse que foi uma agonia”, contou Amanda Maria, de 27 anos, relatando que a mãe foi por conta própria para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Da Redação
Com G1
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