José Maranhão morreu na última segunda-feira (08), em decorrência das complicações da Covid-19. Ele projetava o crescimento do partido, com candidaturas para a Câmara e Assembleia da Paraíba (ALPB) em 2022 e sendo protagonista na disputa vindoura.
“Ele era os pés e as mãos do partido. Quando algumas lideranças do partido alegavam, ao longo das últimas eleições, que não havia candidato do partido, ele sempre ia para o sacrifício, porque achava para o time se consolidar, tinha que disputar o campeonato, e o partido sempre tinha que ter um candidato”, lembrou Nilvan Ferreira.
Para o radialista, apesar do vazio que se estabeleceu na legenda com o falecimento de Maranhão, não é hora para se discutir os rumos políticos do partido, mas sim de respeitar a memória do político e os sentimentos de sua família.
“Acho que a gente vai discutir o futuro do partido, mas ainda é cedo. Maranhão morreu na segunda-feira. Eu sei que na política não tem vácuo, não tem espaço vazio, mas eu acho que algumas pessoas não podem ir com muita sede ao pote, pois não tivemos nem a missa de sétimo dia do nosso líder”, considerou.
Nilvan Ferreira lembrou que foi abraçado pelo ex-governador na disputa pela Prefeitura de João Pessoa, em 2020, e revelou ter conhecimento dos planos e sentimentos do ex-governador em relação ao partido.
“Em respeito a Zé Maranhão, acho que temos que nos desnudar de qualquer tipo de propósito. É meu ponto de vista, de alguém que esteve muito perto dele e eu sabia a leitura que ele fazia da Paraíba e do Brasil. Acho que o partido poderia deixar essa discussão para a frente, pois vai soar mal para a opinião pública discutirmos isso agora, se nem aconteceu a missa de sétimo dia. Precisamos ter espírito de humanismo a Zé e a sua família”, disse.
Nilvan Ferreira disputou o segundo turno das eleições municipais em João Pessoa e perdeu no segundo turno para Cícero Lucena (PP). Com 100% das urnas apuradas, ele ficou com 46,84% da votação, o que consiste em quase 122 mil votos.
OUTRAS LIDERANÇAS – Caberá às velhas e novas lideranças do partido a definição do novo rumo do MDB sem a presença de José Maranhão. A discussão deve passar pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, que ingressou recentemente na legenda, bem como pela senadora Nilda Gondim e pela família Paulino, aliada histórica do maranhismo na Paraíba.
Em mensagem à reportagem, Roberto Paulino disse que a decisão interna, na legenda, será tranquila e que todos os integrantes do partido, segundo ele, têm o mesmo propósito. “O clima no momento é tranquilo, creio que todos os companheiros estão no propósito de fortalecer a legenda, nossa relação é boa com as principais lideranças, a transição será pacífica, após o Carnaval vamos tratar do assunto!!”, disse.
Da Redação
Com Polêmica Paraíba