De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu na Rua Marquês de Caravelas, por volta das 20h30. Cleverson saía da casa do sogro com a mulher e os três filhos quando foi abordado por criminosos a pé. Eles anunciaram o assalto e perceberam que a vítima era policial civil.
“Já dentro do carro, com as crianças já acomodadas, eles foram abordados por três marginais e depois chegou um quarto. Um deles o identificou como policial, porque tinha tanto a arma, como o distintivo estava no console do carro”, contou a delegada Cristiane Medeiros, da Delegacia da Mulher em Mamanguape, onde Cleverson trabalhava há seis anos.
A delegada está em Natal desde a noite de sábado (10) acompanhando a investigação do caso. “Após essa identificação, um dos suspeitos o retirou do carro, e, a cerca de 2 metros do veículo, fez três disparos, inclusive com a própria arma do policial, que foi levada. Posteriormente, um outro suspeito efetuou mais dois disparos na cabeça dele, como se fosse para finalizá-lo”, explicou a delegada.
“A esposa da vítima informou que tinham mais outros dois que, ao saírem, dispararam contra ele. A gente acredita que é como uma retaliação por ser da polícia”.
De acordo com a Polícia Civil, os bandidos levaram os celulares do policial e da mulher, além da arma dele.
Durante a fuga, os criminosos bateram o carro no bairro Cidade Nova, na Zona Oeste da cidade, e três deles foram detidos. Um outro suspeito também foi detido em seguida. A Polícia Civil também interrogou outros dois menores de idade, mas ambos foram liberados por falta de provas.
Segundo a delegada Cristiane Medeiros, que está acompanhado a investigação do caso no RN, o crime deve ser inicialmente tratado como latrocínio. “Inicialmente está sendo visto como um latrocínio, sim, mas a motivação maior desse crime foi ele ter sido identificado como policial”, afirmou.
O corpo do polícia foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) antes de ser liberado para a família. Cleverson Luiz Fontes, de 45 anos, deixa a mulher e três filhos: de 14, 11 e 4 anos de idade.
Violência contra policiais
Nos últimos dias, o Rio Grande do Norte registrou outros dois casos de violência contra policiais. Na quinta-feira, um policial militar foi baleado na cabeça em uma tentativa de assalto em Mossoró, na Região Oeste do estado. Ele teria reagido a ação criminosa. O estado de saúde dele é gravíssimo.
Na sexta-feira (9), um sargento da PM foi baleado em Natal também durante um assalto. Mesmo sem ele ter reagido à ação, os criminosos dispararam várias vezes contra ele ao perceberem que era um policial. Um tiro atingiu o peito do sargento e os outros, o seu capacete, que protegeu a cabeça. A bala no peito transfixou o tórax, não atingiu nenhum órgão vital do militar e ele não corre risco de vida.
Da Redação
Com G1