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Em tempos de pandemia causada pela covid-19, isolamento pode aumentar casos de cyberbullying, alertam psicólogos


 O cyberbullying é o uso do espaço virtual de forma deliberada, por meio de comportamento hostis, com objetivo de provocar, difamar, insultar e humilhar; são disseminados a uma velocidade imensurável por meio das tecnologias de informação e comunicação. É um tipo de violência praticada de modo virtual que afeta psicologicamente crianças e adolescentes, causando impacto real no mundo mental de suas provocadas, acarretando sérios danos ao crescimento, autonomia e independência. O cyberbullying veio mais uma vez à tona nesta semana devido à morte do filho da cantora paraibana Walkyria Santos, um adolescente de 16 anos, ocorrida na madrugada de anteontem. Para falar sobre esse novo mal, foram escutadas as psicólogas Renata Bento e Aracelly Marques.

Uma das características que diferenciam cyberbullying de bullying é uma dificuldade de identificação do agressor, deste modo, no contexto virtual, place inóspito que não se vê corpo nem rosto e onde a informação tem grande velocidade, torna-se mais desmorado a aproximação e reconhecimento do agressor.

Segundo Renata, o cyberbullying pode ser devastador para o mundo psíquico e pode ocorrer de diversas formas: por meio de mensagens de texto, imagens, perfis falsos, chats on-line, jogos on-line, entre outros. Com toda a facilidade que existe com a tecnologia na atualidade, a dificuldade é manter privado que pertence à esfera privada. Isto é, tudo pode ser gravado, fotografado, editado e transmitido. “A internet tem uma capacidade de disseminar informações de forma muito rápida, e por isso seu alcance passa ter uma dimensão impensável. O que fica na rede não pode ser apagado, pior, pode ser dividido, e o estrago pode ser grande. Uma experiência traumática, um tipo de violência psicológica silenciosa e com raízes profundas, pois leva a vítima a se recolher, a se isolar socialmente, a ter dificuldades de concentração”, revela à psicóloga.

Apesar de ser um assunto ainda novo, a legislação tem avançado e foram elevados leis que protegem do usuário. Isto é, uma vez o detectado o cyberbullying, medidas judiciais podem ser recuperadas a fim de proteger a vítima do ponto de vista jurídico. “Há de se ter proteção e o acompanhamento psicológico, porque a vítima fica emocionalmente enfraquecida, com autoestima prejudicada e muitas vezes envergonhada. Educar, proteger e supervisionar as crianças e adolescentes a respeito do uso e limites da tecnologia e do convívio em telas de computador e smartphones ainda é o melhor caminho. A conexão familiar, os bons encontros por meio das conversas francas e verdadeiras têm seu lugar como sendo o que mais importa para conscientizar e evitar que os filhos caiam nessas armadilhas” afirma Renata Bento..

“Somos preparados neurobiologicamente para nos importar com a opinião dos outros, o que na infância é protetivo e serve como um sensor ligado aos pais. Mas, com o passar do tempo, com uma boa educação parental e com maturidade emocional, esse sensor de aprovação diminui e esse indivíduo passa a seguir com seus próprios direcionamentos”, comentou Aracelly Marques que destaca ainda que um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos – terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo – revelou que o Brasil é o segundo país no ranking da prática de intimidação, humilhação, exposição vexatória, perseguição, calúnia e difamação em ambientes virtuais no mundo e que seis dos 20 mil pais ou responsáveis entrevistados afirmaram ter conhecimento de que os filhos se envolveram ao menos uma vez com o cyberbullying.

Da Redação

Com PB Agora

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