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Noiva para trânsito com grupo armado com fuzis e escopetas, e caso vai parar na polícia

 


Uma mulher vestida de vermelho parou o trânsito de uma rua de Taguatinga, na tarde de ontem, em um episódio que virou caso de polícia. Vídeos filmados por moradores mostram um grupo de homens armados com fuzis e escopetas, o que fez a Polícia Civil do DF investigar se as peças são verdadeiras.

Os homens bloquearam a passagem de carros na avenida Samdu Norte, para que a mulher cruzasse a via. O que só foi descoberto depois é que se tratava de um ensaio de casamento, mas que ocorreu sem autorização das autoridades que conduzem o trânsito na região, a 23 km do centro de Brasília.

Pelo menos sete homens impediram a passagem dos veículos para que a “dama de vermelho”, identificada como Dilma Lane Coutinho de Castro Barbosa, atravessasse a rua e tirasse as fotos. No final das imagens, é possível observar que o grupo comemora o fim do ensaio.

O delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido, determinou a investigação do caso para comprovar se as armas de fogo que aparecem nas imagens são verdadeiras e identificar os envolvidos que praticaram a ação.

Há informações de que próximo do local, onde foi feito o bloqueio da rua, existe um clube de tiro, mas não se sabe se o evento foi promovido pelo estabelecimento comercial.

“A PCDF irá apurar todos os detalhes que cercaram a produção desse vídeo. Será esclarecido se armas são, de fato, reais, e em quais circunstâncias elas estavam sendo usadas”, explicou o delegado Robson Cândido.

As investigações vão ficar sob responsabilidade da 17ª DP, delegacia localizada em Taguatinga. O delegado-chefe da unidade Mauro Aguiar informou que algumas pessoas já foram ouvidas ainda na tarde de ontem.”

Outros envolvidos serão também identificados e também ouvidos. Após a análise final, o caso será apresentado ao Poder Judiciário. É cedo para especulações”, disse.

Em nota, A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), a Administração Regional de Taguatinga e o Detran informaram que não foi cadastrado nenhum evento com essas características junto às pastas e o órgão.

Noiva excluiu as redes sociais

Nas redes sociais, a noiva chegou a publicar imagens feitas no mesmo dia do vídeo, nas quais aparecia com o companheiro em um estande de tiro. Após a repercussão do caso, Dilma excluiu todos os perfis em redes sociais.

O UOL tenta contato desde a manhã desta quarta-feira, 23, com Dilma. Porém, ela não atendeu as ligações e não respondeu às mensagens por WhatsApp.

Segundo informações, os noivos faziam parte do grupo de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs).

Envolvidos podem responder criminalmente

Os envolvidos podem responder pelo crime de porte ilegal de armas, previsto no Artigo 14 do Estatuto do Desarmamento, segundo a advogada especialista em direito penal Fernanda Silvério. A pena é de dois a quatro anos de cadeia mais multa.

“É um crime abstrato, ou seja, não é preciso cometer nenhum tipo de violência, ameaça, ou qualquer outra ação. Só portar uma arma sem registro já configura um crime. Também é um crime de grande reprovação social, pois faz os cidadãos de dentro da própria cidade se sentirem inseguros andando pelas vias da cidade”, explica.

A advogada também pontua que os envolvidos podem responder criminalmente mesmo caso seja comprovado que as armas são falsas.

“O Estatuto do Desarmamento, em seu Artigo 26, prevê que é vedada a fabricação de similares de arma de fogo que realmente se assemelhem as verdadeiras. É proibido qualquer tipo de fabricação. Ou seja, se foram fabricados, também respondem por um tipo de crime”, diz.

Para Leonardo Sant’Anna, especialista em segurança pública e armas, o vídeo apresenta todo tipo de irregularidade quanto a apresentação, uso, manuseio de armas de fogo. Segundo ele, o local é inadequado e fere gravemente o que é previsto no Estatuto do Desarmamento.

“Nós não podemos deixar de considerar que essas pessoas estão, sim, sendo colocadas em risco. Elas se apresentam com uma arma supostamente real, uma arma que não parece ser um simulacro, de air soft, já que não tem aquela pontinha cor de laranja. Ou seja, se passa por ali um bandido, por exemplo, essa pessoa pode ser vista como uma futura vítima. Da mesma maneira, a polícia poderia realizar uma abordagem, por exemplo, e entender que aquilo ali estaria se assemelhando a outro tipo de ação”, afirma ele.

Da Redação

Com Uol

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