Segundo Moraes, os crimes investigados contra Bolsonaro configuram falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução da justiça e corrupção passiva privilegiada. O inquérito também compreende a apuração dos supostos crimes de denunciação caluniosa e crimes contra a honra por parte do ex-ministro da Justiça e Segurança Público, Sérgio Fernando Moro.
Atualmente, a Polícia Federal está apurando o suposto
favorecimento de pastores evangélicos na distribuição de verbas do MEC,
resultando na prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, bem como dos
pastores denunciados. Com a ação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
protocolou um requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da pasta.
Ao STF, Rodrigues afirmou que há indícios de “suposta nova
interferência do Presidente da República na Polícia Federal”, uma vez que
Ribeiro afirmou, durante conversa telefônica com a filha Juliana, que Bolsonaro
teria alertado a ele sobre a possibilidade de ser alvo de busca e apreensão dos
agentes. A ligação foi interceptada, com autorização da Justiça, em 9 de junho,
13 dias antes da operação que resultou na prisão do ex-ministro.
No documento, o senador pediu que sejam adotadas “as medidas
cabíveis a fim de evitar interferências indevidas da cúpula do Poder Executivo
nas atividades-fim da Polícia Federal determinando, se for o caso, a abertura
de inquérito para apurar a conduta de violação de sigilo e de obstrução da
justiça do presidente Jair Bolsonaro”.
Da Redação
Com Com SBT News