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Separatistas pró-Rússia afirmam ter cercado Lysychansk, no Leste, mas Ucrânia nega

 


Cidade é a última ainda controlada por Kiev na região de Luhansk, e queda marcaria maior vitória de Putin no conflito; Bielorrússia afirma que ucranianos lançaram mísseis contra seu território.

Contudo, a Ucrânia nega ter perdido o controle de Lysychansk, e afirma que suas tropas ainda resistem à ofensiva. (Foto: Reprodução)

Forças separatistas pró-Rússia afirmaram ter cercado e tomado parte da cidade de Lysychansk, a última ainda controlada pela Ucrânia na região de Luhansk (Leste), mas o governo de Kiev nega a informação, e garante que seus combatentes ainda resistem à ofensiva. Na semana passada, os militares ucranianos recuaram e deixaram a cidade vizinha de Severodonetsk, após semanas de violentos ataques.

No começo do sábado, Andrei Marotchko, representante da autointitulada República Popular de Luhansk, afirmou que “Lysychansk estava completamente cercada”, sem dar detalhes. Pouco depois, o líder da Chechênia (e aliado de Putin), Ramzan Kadyrov, declarou que forças aliadas da Rússia já estavam “no centro da cidade”, e que uma “operação de limpeza” estava sendo realizada na região.

Em seu canal no Telegram, o checheno, cujas forças paramilitares, os “Kadyrovtsy”, participam do conflito desde seus primeiros dias, declarou que a “Bandeira da Vitória” foi hasteada no parque central de Lysychansk — a bandeira, a mesma usada pelas tropas soviéticas para marcar a vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial, também foi hasteada em outras cidades ucranianas ocupadas pela Rússia nos últimos meses.

Contudo, a Ucrânia nega ter perdido o controle de Lysychansk, e afirma que suas tropas ainda resistem à ofensiva.

— Os combates são intensos nos arredores de Lysychansk. Por sorte, a cidade ainda não está cercada, e ainda se encontra sob controle do Exército Ucraniano — declarou, em entrevista à TV, o porta-voz da Guarda Nacional da Ucrânia, Ruslan Muzychuk.

Antes do conflito, Lysychansk era um importante centro urbano e industrial de Luhansk, com cerca de cem mil habitantes. Além de sediar a segunda maior refinaria de petróleo da Ucrânia, também é responsável por uma produção considerável de carvão mineral.

Com a guerra, a cidade passou a ser alvo de disparos constantes de artilharia, mas apenas depois da decisão russa de concentrar seus esforços militares no Leste do país, a ameaça de uma invasão das forças pró-Moscou começou a se concretizar.

Após a queda de Sevedorodetsk, as autoridades locais pediram à população que deixasse a área o quanto antes. Na sexta-feira, o presidente Volodymyr Zelensky declarou que as suas tropas na região estavam em uma situação “muito difícil”.

Caso se concretize, a queda de Lysychansk poderá consolidar aquela que seria a maior vitória de Vladimir Putin na guerra, a conquista de todo o território da região de Luhansk — em tese, isso liberaria recursos para que os militares russos se concentrem em avanços na vizinha Donetsk, que ainda possui alguns bolsões de resistência dos ucranianos.

Um desses locais é Sloviansk, que vem sendo bombardeada desde a semana passada — na sexta-feira, o prefeito da cidade, Vadym Lyakh, acusou as forças russas de usarem bombas de fragmentação, uma arma banida por uma convenção ratificada por 110 países, mas não reconhecida pela Rússia. Autoridades ucranianas afirmam que esse armamento foi usado em outras ações recentes, além de bombas de fósforo, que têm seu uso restrito, mas Moscou rejeita as alegações.

Acusações de Minsk

Também neste sábado, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, acusou os ucranianos de lançarem ataques contra seu território, mas afirmou que a ofensiva não foi bem sucedida.

— Nós estamos sendo provocados. Tenho que dizer: há três dias, ou um pouco mais, do território da Ucrânia eles tentaram atacar instalações militares no território da Bielorrússia. Graças a Deus, os sistemas de defesa aérea Pantsir conseguiram interceptar todos os mísseis — afirmou Lukashenko, durante um evento oficial, segundo a agência estatal Belta.

O governo da Bielorrússia apoia diretamente a invasão russa, inclusive servindo como plataforma para algumas ações de Moscou, como no início da guerra, quando os russos acreditavam que uma vitória decisiva, com a conquista de cidades como Kiev e Kharkiv, era apenas questão de dias. Recentemente, os ucranianos afirmaram que foram lançados ataques contra o Norte do país a partir de posições dentro da Bielorrússia. Por isso, Minsk também foi atingida por sanções internacionais, que se somaram às medidas já em vigor por violações dos direitos humanos cometidas contra sua população.

Durante o discurso, Lukashenko garantiu que não há soldados bielorrussos lutando no conflito, e acusou os ucranianos de tentarem “arrastar” seu país para a guerra.

— O objetivo é o mesmo: lidar com Rússia e Bielorrússia de uma só vez — disse o presidente bielorrusso, no cargo desde 1994. — Nós absolutamente não precisamos dessa guerra.

Na seexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a pressão internacional sobre os dois países está acelerando um processo de unificação acertado nos últimos dias do século XX, mas que ainda enfrenta resistências, especialmente pelo lado bielorrusso.

Lukashenko questiona alguns dos itens da chamada União da Rússia e Bielorrússia, como as propostas de Moscou para a integração política e econômica — agora, neste novo contexto, Putin espera que essas restrições sejam derrubadas, uma a uma.

— Afinal, agir de forma conjunta torna mais fácil minimizar os danos das sanções ilegais, facilita obter o conhecimento para produzir itens necessários, desenvolver novas competências e expandir a cooperação com países aliados — afirmou Putin.

Da Redação

Com Click PB

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