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Plano emergencial de Lula prevê crescimento econômico e combate ao desemprego

Há convergências em torno de medidas para alongar a dívida do setor privado e, ao mesmo tempo, promover políticas de estímulo de retomada da renda.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se reunido todos os meses com um grupo entre 10 e 15 economistas, a maioria ligados à Unicamp, para articular propostas voltadas à retomada do crescimento econômico e ao combate do desemprego. Os encontros no Instituto Lula, que no ano passado eram voltados à discussão da conjuntura, são destinados agora à construção de um chamado "plano emergencial" para o país.
As divergências dentro do grupo sobre as melhores propostas para o país sair da crise não são poucas. Mas, segundo relatos, há convergências em torno de medidas para alongar a dívida do setor privado e, ao mesmo tempo, promover políticas de estímulo de retomada da renda.
As informações são de reportagem de Cristiane Agostine, Fernando Taquari e César Felício no Valor.
"Segundo relato do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos participantes, as reuniões são divididas em duas partes: uma é a da discussão livre de medidas de curto prazo e a outra de mudanças estruturais, 'para as reformas de fundo que precisam ser feitas para redimensionar a relação entre o setor privado e o estatal', em suas palavras. As ideias são colocadas, mas a intensidade do debate dentro do grupo faz com que o conjunto de discussões esteja longe do esboço de um plano de governo. "Há algumas premissas gerais, como a preocupação de todos em formular medidas que, caso aplicadas, poderiam reaquecer a economia', diz Belluzzo.
Da ala da Unicamp estão além de Belluzzo, Luciano Coutinho, Jorge Mattoso, Ricardo Carneiro, Marcio Pochmann, André Biancarelli, Pedro Rossi e Guilherme Melo. Da Fundação Getulio Vargas (FGV) estão os ex-ministros da Fazenda Nelson Barbosa e Guido Mantega, que participou de um encontro. Mantega é investigado pela Operação Lava-Jato e foi citado na megadelação dos executivos da Odebrecht, de acordo com relatos de investigadores.
Ainda estão no grupo Laura Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), e Esther Dweck, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ex-integrante da Secretaria de Orçamento de Finanças e uma das responsáveis por assessorar a ex-presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.
No comando do grupo está o ex-secretário especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, professor aposentado do departamento de História da Unicamp. Participam também, em alguns encontros, os ex-ministros Luiz Dulci e Paulo Vannuchi, dirigentes do Instituto Lula."

Da Redação
Com Brasil 247
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