Quando ocorrem debates, que deveriam ser momentos para
apresentar soluções e propostas concretas para melhorar a vida dos paraibanos e
brasileiros, o que se vê é um triste espetáculo de agressões pessoais. Não
raro, esses embates verbais degeneram em agressões físicas, com cenas
lamentáveis de socos e cadeiradas, substituindo o que deveria ser um espaço de
troca de ideias.
É inegável que o que o nosso povo realmente precisa neste
momento são propostas. Precisamos de soluções que abordem questões urgentes,
como a melhoria da saúde, educação, segurança, infraestrutura e emprego. Porém,
ao invés disso, estamos presenciando uma verdadeira guerra pelo poder, onde o
objetivo parece ser passar por cima de tudo e todos para alcançar o controle
político.
Aqueles que aguardam por esse momento há quatro anos,
depositando sua confiança na chegada de um período eleitoral mais promissor,
encontram-se agora desiludidos com as atitudes dos que deveriam ser seus
representantes. Fica a pergunta: que modelo de política é esse que está sendo
oferecido? Será que é isso que queremos para o futuro da Paraíba e do Brasil?
Pessoalmente, acredito que não.
Esses conflitos geram divisões profundas que podem deixar
cicatrizes duradouras. A corrida pelo poder, muitas vezes, não leva ao sucesso
que se espera, e o que sobra no final é arrependimento, intrigas e feridas
abertas entre amigos e familiares. O custo dessas atitudes pode ser altíssimo,
resultando na perda de amizades e no distanciamento de entes queridos.
Portanto, faço um apelo para que, nos poucos dias que restam
até as eleições, possamos agir com sabedoria e serenidade. Que o respeito e a
empatia prevaleçam, e que as divisões políticas não contaminem as relações
pessoais que tanto prezamos. O resultado das urnas será apenas um momento
passageiro, mas os laços que cultivamos ao longo da vida são um bem inestimável
que não devemos sacrificar.
A Paraíba, assim como o Brasil, merece líderes que promovam
união, diálogo e soluções concretas para nossos problemas, não apenas um
espetáculo de acusações e brigas. Que possamos exigir o que é nosso por
direito: uma política feita com seriedade e respeito ao povo.
Da Redação
Do Portal Umari
Por Carlos Alcides