O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já classificou como uma “loucura” a tentativa de parte do Centrão de vincular a votação da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) ao projeto que reduz as penas dos condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, entre os quais o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.
Atrelar uma medida de justiça tributária, como a elevação da isenção para rendimentos de até R$ 5 mil, à redução das penas tira o sono da equipe econômica. No sábado, Haddad manifestou inconformismo para a situação: “Nem me passa pela cabeça que isso possa estar sendo discutido. Você vai submeter um projeto de justiça social a isso? Vota com a consciência no IR, defende a bandeira que quiser, mas não dá para vincular as duas coisas”, afirmou.
Ainda segundo a reportagem, na Câmara, o clima é de tensão. O presidente Hugo Motta negou que os dois projetos estejam vinculados, mas admite que precisa medir a “temperatura” da Casa antes de confirmar a pauta do PL da Dosimetria. O relator Arthur Lira (PP-AL) articula um desconto para quem ganha até R$ 7.350 e uma alíquota progressiva de até 10% para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, ou seja, acima da proposta do governo.
Com PB Agora






