Os corpos dos seis parentes encontrado mortos em uma casa em Cordilheira Alta, no Oeste de Santa Catarina, foram enterrados no fim da manhã desta sexta-feira (27). O sepultamento ocorreu no Cemitério da Linha Fernando Machado, mesma localidade onde as vítimas foram achadas, na manhã de quinta (26).
Orações e muita emoção marcaram cerimônia de enterro (Foto: Laion Espíndula/G1)
Caixões foram levados do ginásio onde houve o velório para o cemitério (Foto: Laion Espíndula/G1)Depois da missa ocorrida no mesmo ginásio onde houve o velório, os caixões foram levados para o cemitério, por volta de 10h35. Como uma procissão, as pessoas foram a pé, seguindo os carros das funerários.
Pessoas seguiram os carros da funerária quase em procissão (Foto: Laion Espíndula/G1)
Corpos de Alcir, da esposa e da filha foram colocados em gavetas (Foto: Laion Espíndula/G1)
O sepultamento ocorreu no Cemitério da Linha Fernando Machado (Foto: Laion Espíndula/G1)Um dia antes do caso que chocou Cordilheira Alta, Cláudio Dalaiba, 46 anos, esteve com Alcir. Os dois eram vizinhos e amigos próximos e estiveram juntos na quarta-feira (25), até por volta das 21h, em uma reunião de amigo em uma casa de produtos coloniais.
Os amigos haviam combinado de assistir à partida de futebol do Internacional contra Universidad de Chile, pela Libertadores, na quinta. Segundo Cláudio, Alcir tinha prometido pagar um churrasco.
Velório ocorreu em ginásio da cidade (Foto: Laion Espíndula/G1)
Caso comoveu a cidade (Foto: Laion Espíndula/G1)Por volta de 10h, começou a missa de corpo presente no mesmo ginásio onde ocorreu o velório, que começou por volta das 19h de quinta (26). O local fica na Linha Fernando Machado, mesma localidade onde a família foi encontrada morta.
Polícia Civil está investigando o caso (Foto: Laion Espíndula/G1)Durante a madrugada, cerca de duas mil pessoas prestaram as últimas homenagens no velório da família, realizado em um ginásio de esportes da cidade. A cerimônia iniciou por volta das 19h.
Missa começou por volta de 10h05 (Foto: Laion Espíndula/G1)Investigação
A Polícia Civil instaurou inguerito, para apurar a morte dos seis familiares, que foram encontrados pela empregada doméstica na manhã de quinta.
Segundo o delegado Danilo da Silva Fernandes, responsável pelo caso, Alcir é o principal suspeito de ter matado todos.
"Os primeiros apontamentos, analisando o local, é de que ele [Alcir] tenha matado. A posição da arma, dos projéteis [indicam isso]", afirma o delegado. Segundo ele, não há indícios de que a casa tenha sido arrombada.
Posse de arma
Fernandes afirma também que o revólver calibre 38, encontrado no local do crime e que pode ter sido utilizado na ação, possuía registro, mas Alcir não tinha porte de arma.
"Ele não tinha antecedentes criminais. Temos que aguardar o resultado do laudo da perícia, que deve sair em 10 dias. Se apontar que foi ele, o inquérito será encerrado. Parece que o relacionamento não ia bem, a mulher queria se separar", explica o delegado.
Casa da família foi isolada pela Polícia Militar (Foto: Jhota Biavatti/TV Box)De acordo com o IML, havia marcas de mais de um disparo no corpo da esposa e do sogro de Alcir, mas o plantonista não soube precisar quantos. Segundo ele, os demais corpos possuíam marca de um disparo.
Segundo a polícia, Monica teria sido a primeira vítima. Lana, filha do casal, foi encontrada morta na sala, ao lado do corpo do pai. Os corpos de Antonio Moresco e Luiza Moresco estavam em um quarto e o de Lucimar Moresco, em outro quarto.
Lana, de 16 anos, é uma das vítimas
(Foto: Reprodução/Facebook)
Comoção(Foto: Reprodução/Facebook)
O suspeito era funcionário público e trabalhava havia 10 anos na Secretaria de Agricultura de Cordilheira Alta. "Sempre tranquilo, sempre desempenhava suas funções. Inclusive ontem [quarta-feira] ele ficou a tarde toda lá na prefeitura e estava de férias", afirma o prefeito Alceu Mazzioni.
A família era conhecida na cidade de 4,1 mil habitantes. Moradores estão abalados com as mortes, especialmente as cerca de 200 famílias, a maior parte de agricultores, moradoras do Distrito de Fernando Machado, onde ocorreu o crime.
Alguns vizinhos comentaram que ouviram os tiros por volta das 4h30. No entanto, eles disseram que era comum Alcir atirar quando achava que havia alguém suspeito no terreno, então não deram importância.
Fonte: G1






