Grupo acampa no Congresso Nacional
integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL) e lideranças indígenas amanheceram acampados no gramado do Congresso Nacional, na área central de Brasília, nesta terça-feira (14) em protesto por reforma agrária e demarcação de terras indígenas e quilombolas. De acordo com a Polícia Militar, havia quase 2 mil militantes no local pouco antes das 7h. O ato é considerado pacífico.
Os manifestantes estão acomodados no gramado atrás da Alameda dos Estados. Pedaços de bambu foram usados para a montagem de tendas. Alguns seguravam faixas com críticas ao governo. Uma delas tem os dizeres "Dilma, o dinheiro roubado da Petrobras é suficiente para fazer reforma agrária no Brasil". Nesta segunda, membros da FNL fecharam três faixas do Eixo Monumental em marcha entre o Ginásio Nilson Nelson e o Congresso. O grupo já havia se pronunciado a favor das questões indígenas, se dizendo contra o projeto de lei que transfere o poder dessa demarcação do Executivo para o Legislativo.
Coordenador do movimento, José Rainha falou que o grupo pretende permanecer "hospedado" no local nos próximos dias. "Vamos acampar no gramado enquanto conversamos com o governo federal. Vamos nos reunir com os ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Ciência e Tecnologia e da Educação." Apesar das pautas, o grupo afirmou que não tem reuniões marcadas com as pastas.
Um dos dirigentes nacionais da FNL e presidente da Confederação Nacional da Agricultura Familiar do Brasil, Carlos Lopes, disse que o grupo não tem filiações políticas e cobra uma postura mais firme do governo federal. "Não aceitaremos mais o descaso do governo para com essa área. Estamos aqui de forma apartidária. Neste início do segundo governo, a Dilma não sinaliza ações positivas. O primeiro também teve resultados negativos."
Primeiro dia O grupo esteve nesta segunda na sede de alguns ministérios para tentar as reuniões. Segundo a coordenação da FNL, na pauta de pedidos para o Planejamento estão a apresentação do orçamento do Incra para 2015, o aumento de recursos para a compra de terras da reforma agrária, a criação de um grupo de trabalho, o aumento de 175% nos salários de servidores do Incra, a abertura de um concurso público e a abertura de uma ouvidoria sobre a dívida pública.
Da Redação
Com PB Agora





