A crise econômica vem provocando um recuo nos índices de crescimento do mercado imobiliário, mas não provoca a desvalorização do preço dos imóveis, por isso o setor continua sendo atraente para os investidores. É o que dizem especialistas no ramo.
De acordo com o vice presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Irenaldo Quintans, o crescimento anual caiu dos cerca de 30% para um índice entre 6 e 8%. Na opinião dele, o que temos hoje é um índice de valorização menor, mas há uma expectativa boa em relação aos ajustes que vêm sendo feitos pelo Ministério da Fazenda e, se eles tiverem êxito, o setor deve voltar ao ciclo de alta.
"Isso deve ocorrer por uma razão muito simples, porque o consumidor ainda não foi atendido. O déficit imobiliário no Brasil ainda é muito elevado. Mesmo com o programa Minha Casa, Minha Vida e mesmo com o boom imobiliário, o crescimento vegetativo da população faz com que milhões de pessoas entrem anualmente no mercado em busca de imóveis e isso nos leva a crer que o ciclo de alta voltará depois da economia ajustada", explicou.
Porto seguro
O empresário da construção civil, Paulino Teixeira de Carvalho, também está otimista e acredita que o investidor voltará apostar no setor que representa um porto seguro. "O imóvel é um bem que, entre outras vantagens, não baixa de preço, ninguém rouba e, portanto, ainda é o melhor investimento", opinou.
Paulino disse que, apesar de não estar mais em estado de euforia, o setor permanece aquecido porque as pessoas precisam comprar imóveis, citando principalmente os que estão na faixa de preço de até R$ 500 mil e R$ 600 mil.
Ele lembrou ao consumidor que esta é a hora de comprar imóvel porque é mais fácil conseguir descontos. "Quanto o mercado está em alta, os construtores não dão desconto, mas quando o mercado tá mais acomodado, existe mais facilidade em negociar e a gente consegue ter descontos", reforçou.
O empresário lembrou também do aluguel, que ainda se destaca como fonte de renda, dando ênfase à valorização e citando a importância do imóvel comercial.
Da Redação
Com Portal Correio
