A Paraíba não deve receber homens das Forças Armadas que foram disponibilizados pelo Governo Federal para ajudar no combate à crise no Sistema Penitenciário do País.
Com uma população carcerária que chega a 11.393 presos e um efetivo de agentes penitenciários que não ultrapassa 1.800 profissionais, a situação nos presídios da Paraíba é considerada tensa pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Manoel Leite de Araújo. Segundo ele, a qualquer momento uma rebelião pode ocorrer nas unidades penais do Estado.
Na manhã desta quarta-feira (18), o secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Wagner Dorta, disse que ainda não conversou com o governador Ricardo Coutinho (PSB) para tratar sobre o assunto, mas acredita que devido ao efetivo de agentes penitenciários do Estado, não será necessária a solicitação.
“Eu não tive ainda a oportunidade de tratar desse assunto com o governador, mas na minha opinião, não vejo a necessidade de solicitar as tropas, pois nós temos um corpo de agentes penitenciários razoável, então não vejo a necessidade”, pontuou.
Manoel Leite afirmou que a categoria está em alerta. “A tensão é grande e os grupos de operação estão em alerta. Existe superlotação em todas as unidades penais do Estado e o efetivo é pequeno para conter um levante de presos”, explicou.
Ela afirma que para garantira segurança nas prisões da Paraíba seria necessário pelo menos duplicar o atual efetivo de agentes penitenciários.
“O que aconteceu em Manaus também pode acontecer aqui, porque as cadeias estão superlotadas”, frisou. O presidente do Sindicato explicou que não houve qualquer convocação por parte da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para prevenir possíveis tumultos nos presídios.
Segurança
Nesta quarta-feira (18) o ministro da Defesa Social, Raul Jungmann, afirmou, em entrevista coletiva, que cerca de mil homens das Forças Armadas estarão à disposição por 12 meses para estarem presentes
nos presídios, desde que sejam solicitados pelos governos estaduais.
nos presídios, desde que sejam solicitados pelos governos estaduais.
Reunião no Ministério da Justiça
Wagner Dorta avaliou como positiva a reunião que teve com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Ele afirmou que a planilha com solicitações para o setor penitenciário, enviada há pelo menos um mês, deverá ser atendida pelo Governo Federal.
O primeiro passo das novas ações será o repasse de cerca de R$ 300 milhões para que os estados possam investir na compra de equipamentos para os presídios, como scanners, bloqueadores de linhas telefônicas e tornozeleiras eletrônicas.
Da Redação
Com Portal do Litoral





