Do governador Ricardo Coutinho (PSB), ao rebater críticas da oposição quanto ao anúncio do fim do racionamento de água em Campina Grande, projetado para o dia 26, lembrou ao líder maior da oposição no Estado o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) que o mesmo orienta sua bancada a atacar a Cagepa, porque sua intenção segundo recente delação premiada da Odebrecht era de tentar vender a empresa caso ganha-se para o Governo em 2014.
Segundo Ricardo Coutinho: “É decisão técnica. Quem não entende fica dando palpite absurdo, politizando. Querem é vender a Cagepa, sonham com uma Odebrecht da vida comprando a água”. Este ano, em delação premiada, um diretor da empreiteira afirmou que o então candidato a governador Cássio Cunha Lima (PSDB) teria um acordo com a empresa para privatizar os serviços da concessionária.
Entenda o caso - Os vídeos das delações feitas por ex e atuais executivos da empreiteira Norberto Odebrecht trouxeram uma grande carga de suspeição sobre o senador Cássio Cunha Lima (PSDB). O material teve o sigilo levantado recentemente pelo ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). No vídeo, ao ser questionado sobre doações feitas ao parlamentar paraibano, o ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, alega que Cunha Lima teria recebido R$ 800 mil via “caixa 2“, em 2014. No pleito, o parlamentar disputou as eleições para o governo. A contrapartida seria dar a oportunidade para que a empresa prospectasse o investimento em saneamento básico na Paraíba, sugerindo a privatização ou terceirização do setor.
“No decorrer da campanha de 2014, um diretor nosso, Alexandre Barradas, foi procurado pelo senador Cássio Cunha Lima, que era candidato a voltar ao governo da Paraíba”, relatou Reis. “Pediu uma contribuição de campanha em caixa dois.”
Segundo Reis, o codinome de Cunha Lima no departamento de propinas da Odebrecht era “Prosador”. Ele disse que ficou acertada a doação de R$ 800 mil, que entraria por meio de “caixa 2” ou por outra empresa do grupo. A lista de doações do senador, referente a 2014, traz doação de R$ 200 mil pela Braskem, que o senador garante ser doação legal. No vídeo de Cássio, ele nega beneficiamento ilegal e defende que haja a investigação das denúncias.
Da Redação
Com PB Agora