Em editorial publicado na última sexta-feira (27), o jornal O Globo caiu em contradição. Ao tentar dar a receita para a delação premiada de Antônio Palocci, o diário da família Marinho faz uma lista do que o ex-ministro deveria apontar como lavagem de propina.
Entre elas estão, conforme o jornal, “pagamentos pelos bons serviços prestados por Lula aos negócios da empresa (Odebrecht), disfarçados de remuneração por palestras”. A própria Globo, no entanto, contratou palestra do ex-presidente, conforme indica lista publicada em agosto de 2015 pelo Instituto Lula.
A receita do Globo para Palocci segue, em um corolário de sugestões sem provas:
Mas é preciso detalhar como Emílio Odebrecht atendeu ao pedido de dona Marisa Letícia para concluir a reforma do sítio de Atibaia, mal iniciada por outros, menos qualificados que a maior empreiteira do país. Bem como os pagamentos pelos bons serviços prestados por Lula aos negócios da empresa, disfarçados de remuneração por palestras. Que até podem ter sido proferidas, mas que serviram de biombo para escamotear as transferências ilegais. E há, ainda, a cobertura vizinha ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo, “lavada” por meio de um aluguel pago a um parente de José Carlos Bumlai. Do pacote da corrupção, ainda consta a compra de um terreno em que seria edificado o Instituto Lula. A empreiteira também pagou despesas pessoais do presidente, segundo Palocci. Nos termos do ex-ministro, Lula e Emílio fizeram um “pacto de sangue”.
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Da Redação
Com Revista Forum
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