O site Relatório Reservado, especializado na cobertura de assuntos da economia, publicou uma notícia bombástica sobre os rumos do governo do recém-empossado presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o veículo de imprensa, existente desde 1966t, estaria em curso uma movimentação para impor limites e restrições ao comportamento e liberdade decisória de Bolsonaro, incluindo a vigilância e redução das iniciativas dos seus três filhos – Nas redes sociais e fora delas.
Confira a íntegra da matéria:
Em andamento as negociações para uma tutela do presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo seu vice-presidente Hamilton Mourão, e demais ministros militares prestigiados no Palácio do Planalto. Trata-se de uma ação realizada em sintonia com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e os comandos das Forças Armadas. O termo negociação é pro forma.
O projeto é impor limites e restrições ao comportamento e liberdade decisória de Bolsonaro, incluindo a vigilância e redução das iniciativas dos seus três filhos – Nas redes sociais e fora delas. No entorno do presidente ele é comparado a João Baptista Figueiredo, que surpreendeu inclusive aos seus camaradas pelas atitudes estapafúrdias após ser eleito. Justificou-se o comportamento de Figueiredo pela operação cardíaca que sofreu. Bolsonaro levou uma facada, mas não teria sido ela o componente emocional responsável pelo seu desarvoramento.
Bolsonaro simplesmente não está à altura do cargo e muito menos do time que montou. Não entende grande parte do que se discute no governo e não se empenha para isso. Ele se dirige somente a um contingente dos seus eleitores. Desrespeita os protocolos. E parece manietado pelo gnomo de Richmond, Olavo de Carvalho, em uma simbiose familiar que já incomoda os militares. Entre os generais, empresário e boa parte dos formadores de opinião melhor seria se fosse possível fazer algum acordo cordial para que Bolsonaro deixasse o cargo e Mourão o assumisse, imediatamente.
Depois que deixou de lado a linguagem do quartel, tornando-se mais comedido, o vice-presidente tem mostrado preparo muito superior e a autoridade necessária para o exercício da função. O que se diz quase nas fuças do presidente é que ele governa para um gueto, e Mourão governaria para os brasileiros. O escorpião que passeia em meio às conspirações destila a certeza que o filho Flávio Bolsonaro não tem como explicar seus atos inconfessáveis. E não é possível esterilizar as estranhas armações do jovem senador, de forma que eles não respinguem no presidente e nos demais membros do clã. É o bolsonarogate ou a temerização já, no curto governo do capitão. Mourão está pronto para assumir. Basta que as condições sejam dadas. Por enquanto, a tutela é um primeiro estágio.
Relatório reservado – A primeira edição do Relatório Reservado foi impressa em 16 de fevereiro de 1966, marcando o surgimento da primeira e única newsletter especializada em economia do mercado brasileiro. Seu “número zero” foi uma carta da indústria nacional contra o perigo das importações, o que já apontava para a posição editorial de defesa do nacional-desenvolvimentismo no Brasil.
Durante todo o ciclo militar pós-64, a publicação se pautou pelas lutas em prol da democracia e da economia nacional. Naquela época, formou-se a primeira rede de jornalistas de economia e política, que encontravam no RR espaço para a veiculação de notícias dos bastidores que não conseguiam publicar na grande imprensa. O sucesso veio a galope.
A partir de 1995 o RR passou a ter edições diárias publicadas pela Insight Comunicação, adquirindo adrenalina, vitalidade e timing ainda maior, mantendo a sua característica fundamental: informação exclusiva.
Da Redação
Com Parlamento PB