O Senado Federal aprovou, nessa terça-feira (7), o Projeto de Lei 848/2020, que prorroga a validade de receitas médicas e odontológicas durante a pandemia de coronavírus. Relatado favoravelmente pelo senador paraibano José Maranhão (MDB), o projeto garante que o receituário médico ou odontológico de medicamentos sujeitos à prescrição e de uso contínuo tenha validade pelo menos enquanto perdurarem as medidas de isolamento para contenção da Covid-19. O projeto segue agora para sanção presidencial.
Ainda segundo o projeto, a única exceção serão os medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial, que seguirão a sistemática regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O texto também possibilita que terceiros retirem em farmácias a medicação de pacientes que se enquadrem em faixas da população mais vulneráveis à contaminação, e também pessoas com deficiência.
Ao defender a aprovação, o senador José Maranhão destacou ser inegável que a pandemia do novo coronavírus tem impactado os sistemas de saúde em todos os países do mundo.
“Saudamos o elevado mérito da proposição, que busca resguardar a saúde das pessoas que tomam medicamentos de uso contínuo. Apesar de não existir norma ou regra geral que imponha prazo de validade a todas as receitas desses medicamentos, há situações em que as normas operacionais limitam esse prazo e afetam as vidas de muitos pacientes”, afirmou o senador.
José Maranhão lembrou que no caso das farmácias privadas, a limitação da validade das receitas em 180 dias atinge também os medicamentos do Programa Farmácia Popular do Brasil. Segundo o senador, nos serviços do SUS, os gestores adotam critérios para regular a assistência farmacêutica de forma a possibilitar o planejamento das ações e a aquisição dos medicamentos.
“Assim, dependendo das normas definidas pelos gestores estaduais ou municipais, os pacientes recebem os medicamentos no quantitativo máximo prescrito na receita, ou durante um tempo limitado à data da próxima consulta agendada. Portanto, para os medicamentos do PFPB e SUS, são necessárias medidas para aprimorar a assistência farmacêutica durante a pandemia, de forma a evitar que os pacientes com doenças crônicas precisem de ir às consultas médicas para apenas receber novas receitas e também com o objetivo de acabar com as aglomerações de pacientes nas filas de espera para receberem seus medicamentos, conforme as cenas que têm sido exibidas nos noticiários”, destacou Maranhão em seu relatório.
Da Redação
Com informações de Edinho Magalhães, correspondente do Sistema Correio em Brasília.