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Dólar dispara com desgoverno e desconfiança do mercado em relação a Guedes e Bolsonaro

 


Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros do Brasil, o dólar subiu 1,21% às 9h27 desta quarta-feira (28), vendido a R$ 5,754. Na máxima, a moeda norte-americana bateu R$ 5,7605, maior cotação intradia (que acontece num só dia) desde 19 de maio (R$ 5,7644). Na parcial do mês, o dólar teve alta de 1,20%. No ano, tem valorização de 41,80%.

O Copom do Banco Central anuncia nesta quarta, por volta das 18h, a nova taxa básica de juros. O mercado financeiro tem a expectativa de que a Selic seja mantida em 2%, apesar da pressão da disparada dos preços dos alimentos. É comum aumentar a taxa de juros para segurar a inflação – com juros mais altos, as pessoas têm menos dinheiro para gastar e, por consequência, há uma estagnação no aumento dos valores dos alimentos.

De acordo com John Woolfitt, diretor de trading do Atlantic Capital Markets, “os mercados globais parecem estar incrivelmente nervosos, o misto de alta nos casos de Covid-19 e mortes e o potencial lockdown na França somam-se à incerteza antes das eleições nos EUA e você tem esse pano de fundo bastante fraco”.

A alta do dólar reflete a desconfiança do mercado em relação a Jair Bolsonaro e ao seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Os juros estão baixos, porém o governo ainda não conseguiu gerar a demanda necessária para assegurar um forte mercado consumidor interno e atrair investidores.

Corte de direitos e investimentos públicos são dois pilares do ultraneoliberalismo da atual gestão e do governo Michel Temer que enfraqueceram o poder de consumo nos últimos anos.

A inflação percebida pelos brasileiros mais pobres é mais do que triplo na comparação com a das pessoas de maior poder aquisitivo em 2020. De janeiro a outubro, a inflação das famílias de renda muito baixa foi de 3,68% e a da alta renda, 1,07%. Nos 12 meses encerrados em outubro, a inflação percebida pelas famílias de renda mais baixa subiu a 5,48%, acima da meta de 4,0% perseguida pelo Banco Central.

Com o dólar valorizado em relação ao real, produtores dão preferência á exportação – real desvalorizado estimula a exportação, pois deixa os produtos brasileiros mais baratos lá fora, e desestimula a importação, porque encarece o preço dos produtos importados. Na medida em que se prioriza a venda para o exterior, há menos oferta de alimentos no Brasil, levando à subida dos preços. O valor da carne, por exemplo, deve continuar em alta até o final deste ano.

Atendendo à lógica ultraneoliberal, o governo brasileiro tem preferido exportar petróleo e importar derivados, que ficam mais caros à medida que o dólar sobe – em consequência, aumenta o custo da distribuição logística dos alimentos. A forma de negociar as transações comerciais envolvendo petróleo e derivados está em vigor desde a gestão de Michel Temer, que tinha Pedro Parente no comando da Petrobrás. A medida foi uma maneira de agradar a estrangeiros, que estão de olhos no pré-sal.

Da Redação

Com Brasil 247

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