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Após visita a famílias alojadas da Comunidade Dubai, promotor do MPPB constata problemas nos locais e cobra plano de ação da Prefeitura de João Pessoa

 


A Promotoria de Justiça constatou problemas de aglomeração, banheiros insuficientes e instalações elétricas precárias.

O 31º promotor de Justiça da Capital, Alley Borges Escorel (que atua na defesa da criança e do adolescente) visitou na manhã desta sexta-feira (26) os três locais onde estão alojadas as 264 famílias que foram alvos da reintegração de posse ocorrida na última terça-feira (23), na área conhecida como Comunidade Dubai, em ação ajuizada pelo Município de João Pessoa.

O procedimento teve objetivo de acompanhar a situação das 400 crianças e dos 75 adolescentes atingidos pela ação a fim de constatar a situação de vulnerabilidade social. Foram visitados o CPDAC, a escola João Gadelha e o ginásio Hermes Taurino. O trabalho foi acompanhado pela pedagoga e pela assistente social do MPPB, Shirley de Abreu e Clodine Melo, respectivamente.

Nesses locais, a equipe da Promotoria de Justiça constatou problemas de aglomeração (tendo em vista o espaço usado para abrigar cerca de 750 pessoas, entre adultos, crianças e adolescentes, gestantes, pessoas com deficiência e idosos), banheiros insuficientes para atender com privacidade uma grande quantidade de pessoas e instalações elétricas precárias para utilização dos eletrodomésticos dos usuários. Em razão disso, a Promotoria de Justiça vai pedir à Defesa Civil que averigue a situação para evitar acidentes.

Na ocasião, foi constatado a necessidade de ajustes dos horários da alimentação fornecida pelo município (com destaque para o café da manhã que foi servido às 9h), para que as crianças não sintam fome e não passem muito tempo sem se alimentar.

As pessoas ouvidas também reclamaram da forma como ocorreu a reintegração de posse e relataram a perda de documentos, ferramentas de trabalho e objetos. “A situação dessas famílias, principalmente das crianças e dos adolescentes, é realmente preocupante. A despeito do esforço e dedicação de muitas pessoas que estão trabalhando no local para dar apoio e minorar a situação delas, é preciso que o poder público faça muito mais para resolver esse cenário de violação de direitos o mais rápido possível”, disse o promotor de Justiça Alley Escorel.

Reunião

O promotor de Justiça marcou para a próxima quarta-feira (1º), às 9h, uma reunião com representantes das secretarias de Habitação (Semhab-JP), Desenvolvimento Social (Sedes-JP) e Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc-JP) de João Pessoa e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (SEDH-PB) para cobrar do poder público um plano de ação que apresente o que será feito para resolver a situação das famílias abrigadas. 

“É preciso ouvir o poder público urgentemente para que esclareça sobre as medidas que estão sendo adotadas inicialmente para minorar o problema. Queremos saber qual a previsão para a concessão dos auxílios-moradia às pessoas já cadastradas para que elas possam sair daquele espaço e que seja apresentado um plano de ação com cronograma para a superação da situação de vulnerabilidade de direitos a que estão expostas crianças, adolescentes e suas famílias”, disse.

Da Redação
Com Click PB

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