A secretária de Habitação de João Pessoa, Socorro Gadelha, disse que as famílias foram recebidas por 95 assistentes sociais no Centro Profissionalizante Deputado Antônio Cabral (CPDAC). Após o acolhimento, haverá cadastramento das pessoas para programas de benefício, como o auxílio aluguel, fornecido pela prefeitura.
Cerca de 15 hectares da área de Mata Atlântica que foram desmatados devem passar por reflorestamento, conforme decisão judicial. “A área será totalmente cercada, e a Prefeitura fará a recuperação do bem ambiental, como exigido por lei, ou projeto compensatório de interesse público”, disse o promotor de Justiça Carlos Romero Paulo Neto.
Cerca de 1.500 pessoas vivem abrigadas em construções de risco, rodeadas pelo desmatamento que corresponde a 13 campos de futebol.
No início de novembro, a PM prendeu o suspeito de comandar a ocupação. Conhecido como ‘Sheik’, o homem foi detido com R$ 67 mil em espécie, cocaína e um revólver.
No início deste mês, o promotor admitiu que famílias vivem em vulnerabilidade na localidade, mas, com base em investigações, acredita-se que a carência é uma das menores demandas da ocupação. “O problema social realmente existe porque há pessoas vulneráveis lá, mas isso é em menor proporção. Relatórios da polícia apontam que existe grilagem de terras. O que existe é uma organização criminosa de elementos visando demarcar território e fazer caixa, arrecadar dinheiro para o tráfico de drogas através da venda de terrenos”, concluiu.