Segundo o relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada na Amazônia foi de 13.235 km² entre agosto de 2020 e julho de 2021. Na edição anterior, o número foi de 10.851 km² entre agosto de 2019 e julho de 2020. Uma alta de 22% entre os dois relatórios.
É a maior área desde 2006, quando foi apontado 14.286 km² desmatados. A maior taxa na série histórica foi registrada em 2004, quando 27 mil km² de área desmatada foram registradas pelo sistema.
Durante a COP26, na qual Bolsonaro ficou em uma posição distante de outros países, ele afirmou que “ali [COP] é um local onde quase todos apresentam os problemas para os outros resolverem. Você pode ver. China, Índia, EUA não assinaram nada. Nós somos os que mais contribuímos para a não emissão de gases de efeito estufa e que por vezes mais pagamos a conta, mais somos atacados”, disse o presidente.
A alta na taxa de desmatamento divulgado pelo Inpe está em desacordo com as promessas apresentadas pelo Brasil durante a COP26. No primeiro dia do evento, no dia 1° de novembro, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou que o Brasil vai zerar o desmatamento ilegal em 2028. A meta anterior estipulava 2030.
Na última segunda-feira (15), Bolsonaro afirmou, durante viagem ao Oriente Médio, que a Amazônia é “úmida” e “não pega fogo”. Em 2020, o mandatário fez a mesma observação e afirmou que há uma “seita ambiental” europeia, cujo interesses são estimular uma “briga comercial” para prejudicar o agronegócio nacional.
Da Redação
Com IG