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A ditadura dos padrões por Geandro Farias

 


Há alguns anos li um romance de Augusto Cury intitulado de A ditadura da beleza e a revolução das mulheres. O autor irá retratar neste livro o cotidiano de mulheres que sofrem e permanecem caladas, as graves consequências da cruel realidade do mundo moderno, que objetiva beleza, estética e padrões de vida que levam com que a mulher se sinta desprotegida e vulnerável frente a sociedade.

“A palavra “beleza” está cada vez mais presente nas conversas dos brasileiros e brasileiras, isto porque, nos dias de hoje, os homens estão se cuidando tanto quanto as mulheres. O conceito de beleza é retratado há muito tempo, seja nas pinturas da nobreza ainda na época feudal como nas estátuas gregas, que demonstravam simetrias humanas perfeitas.

O problema surge quando a sociedade impõe uma cobrança sobre o que vem a ser um padrão de beleza e um corpo bonito, a chamada Ditadura da Beleza. Atualmente, o tal padrão de beleza” vem sendo ditado pela indústria da moda e dos cosméticos a fim de atender as necessidades do mundo do glamour. O resultado é a valorização de roupas e maquiagens na busca por mais vendas.”

Ocorre que, lembrei-me desta leitura, e tomado por um momento de clareza percebi que vivemos sob a constante cobrança de se enquadrar ou adaptar aos padrões impostos, seja pela indústria ou governo, até mesmo por círculos de amizades e também no ambiente de trabalho, todos nos devemos seguir um padrão, caso contrário viramos alvo de críticas, perseguições e também do famoso cancelamento, nome dado quando lhe excluem das redes sociais, mas que também acontece na vida real quando você é deixado e evitado nos ambientes em que frequenta.

Podemos citar também, sobre a ditadura do poder, ou a ditadura política que vem suprimindo nossa liberdade de ser e fazer ao longo dos anos. O interessante nesses dois casos, é que o controle imposto ou o padrão exigido, vem sempre camuflado de benefícios que são apresentados de forma suaves via grandes campanhas de marketing, assim quase que inocentemente aceitamos perder nossa liberdade tomados pelo sentimento de estarmos ganhando algo.

O grande ponto aqui é: como fugirmos disso? Como mudamos essa realidade? Porque estamos cada vez mais passivos e já não lutamos tanto quanto deveríamos por nossos direitos, por nossa liberdade? Acredito que é possível retomarmos esse ímpeto de um povo que sempre lutou por suas melhorias, porque a verdade é que nunca nos deram nada de mão beijada, sem luta, nada irá mudar. E essa luta citada aqui, começa dentro de nós, dentro das nossas casas, na nossa cidade, nos lugares em que frequentamos. Precisamos nos capacitar, precisamos entender o processo em que estamos inseridos, pois só assim, seremos capazes de combatê-lo, com conhecimento.

 

Um abraço aos amantes da leitura e do café.

Da Redação

Com Colunista Geandro Farias 


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