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Ciro exclui Doria e Moro de conversas sobre terceira via e fala em viúvas de Bolsonaro


 Dirigentes da União Brasil defendem chamar Ciro para a rodada de conversas entre partidos que discutem lançar nomes da chamada terceira via para a Presidência.

Ex-governador do Ceará e pré-candidato a presidência, Ciro Gomes (PDT) (Foto: AFP PHOTO/MAURO PIMENTEL)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — O pré-candidato Ciro Gomes (PDT-CE) confirmou nesta sexta-feira (18) que está conversando com a União Brasil e com o PSD sobre a disputa à Presidência da República, mas sinalizou que não deve haver decisão sobre a chamada terceira via antes de julho.

Ciro concedeu entrevista na manhã desta sexta à rádio Tiradentes, de Manaus. Como a Folha mostrou, dirigentes da União Brasil defendem chamar Ciro para a rodada de conversas entre partidos que discutem lançar nomes da chamada terceira via para a Presidência.

À rádio o pré-candidato afirmou que, nesta fase, “estamos todos conversando com todos”.

“E nossa imprensa, naturalmente, cumprindo o seu papel, tenta antecipar o que só acontecerá em julho”, disse. “Por que? Porque todo mundo quer ver mais ou menos, com o mínimo de risco, o que vai acontecer na opinião pública que gradualmente vai se ligando no assunto eleições.”

Ciro afirmou que tem conversado com o PSD, de Gilberto Kassab. O partido atualmente tenta atrair o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para a disputa presidencial.

“E estou conversando com o União Brasil. Isso é consequência de uma aliança que já fizemos no ano retrasado, com a eleição municipal”, disse. “Nós apoiamos o [prefeito Alexandre] Kalil, por exemplo, em Belo Horizonte, e apoiamos o [secretário-geral da União ACM] Neto em Salvador.”

Ciro afirmou ainda que pretende se reunir “com todas as não viúvas do Bolsonaro.”

“Porque a imprensa de São Paulo chama de terceira via, mas não tem nada a ver com [o ex-juiz Sergio] Moro, com [o governador de São Paulo, João] Doria, que são as viúvas do [presidente Jair] Bolsonaro. Eu estou em outra.”

União Brasil, MDB e PSDB têm mantido conversas sobre uma candidatura única. O presidente da nova legenda (resultado da fusão de PSL e DEM), Luciano Bivar, disse em reunião com deputados na quarta-feira (16) que Ciro poderia se sentar à mesa das discussões caso quisesse.

Da mesma forma, disse aos parlamentares que pretendia chamar Moro para negociar com as outras siglas que tentam buscar convergência na disputa ao Palácio do Planalto.

Apesar de Bivar admitir conversar com Ciro, alguns aliados do dirigente consideram praticamente nula a chance de ele vir apoiar o integrante do PDT por causa de divergências ideológicas. Outra ala da União Brasil, porém, não descarta conversar unilateralmente com Ciro.

Segundo integrantes do partido, a ideia de buscar Ciro para as conversas foi tratada em encontro da executiva da União Brasil nesta semana.

O tema foi levantado por ACM Neto, que busca o apoio do PDT à sua candidatura ao Governo da Bahia. O secretário disse que não fazia sentido conversar com apenas uma ala das siglas que querem uma alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Jair Bolsonaro (PL).

Em meio às discussões, dirigentes já buscaram aliados de Ciro para uma aproximação.

Moro, embora tenha o apoio de boa parte da União Brasil, sobretudo de deputados oriundos do PSL, tem forte rejeição por outra ala da sigla, que considera pequena a chance de apoiá-lo.

De todo modo, o acerto na União Brasil é que os candidatos a governadores ficarão livres para apoiar quem quiserem ou para ficarem neutros independentemente do presidenciável que o partido venha a apoiar.

Na última pesquisa do Datafolha, divulgada em dezembro, Moro aparecia com 9% das intenções de voto, enquanto Ciro tinha 7% e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), havia alcançado 4%. O cenário é liderado pelo ex-presidente Lula, isolado com 48%, enquanto Bolsonaro tinha a preferência de 22%.

Na União, o nome de Ciro tem mais apoio em uma negociação do que o de Moro, que enfrenta reservas de uma ala do partido de Bivar e ACM Neto. Além disso, Moro perdeu força nas barganhas após uma crise que colocou em risco o palanque regional mais consistente do ex-ministro de Bolsonaro.

O vazamento de áudios sexistas forçou o deputado estadual Arthur do Val a abrir mão da pré-candidatura ao Governo de São Paulo. Para não ficar completamente desidratado no estado, Moro passou a defender a candidatura da presidente do Podemos, a deputada Renata Abreu (SP), ao Palácio dos Bandeirantes.

Já o MDB, que também participa das conversas sobre uma candidatura única, defende que o nome seja o da senadora Simone Tebet (MS) -que aparece com 1% na pesquisa Datafolha de dezembro.

Da Redação

Com  DANIELLE BRANT E JULIA CHAIB/FOLHAPRESS

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