Uma equipe do Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba, liderada pela procuradora Janaina Andrade, acompanhará novamente a vacinação de crianças no município.
Esta será a última fiscalização da série de vistorias que vem ocorrendo desde quando o órgão ministerial tomou conhecimento do erro.
Serão imunizadas no Assentamento Outeiro de Miranda, com segundas doses, as crianças que tomaram vacinas em fevereiro, encerrando o ciclo vacinal.
Outras crianças – Além da vacinação das crianças que receberam doses de forma equivocada, terá seguimento a campanha de imunização infantil em outros pontos da cidade.
Uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde estará presente.
Ação do MPF
Por conta do erro, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, em face do Município de Lucena (PB), do prefeito Leo Bandeira, além de técnica de Enfermagem que aplicou vacinas contra covid-19 em crianças, por dano moral coletivo relativo à inobservância de protocolos de operacionalização da imunização. O MPF requer R$ 1 milhão, a ser pago pelos três demandados.
Inadequação vacinal – As investigações que resultaram a propositura da ação iniciaram a partir de inadequação vacinal constatada em 49 crianças (sendo 36 com prazo de validade vencido) de dois assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) localizados em Lucena. A despeito de os imunizantes infantis terem sido disponibilizados apenas a partir do dia 14/01/2022, o município decidiu iniciar a imunização do público infantil nos dias 21/12/2021 e 07/01/2022, com as doses da vacina destinadas ao público adulto, tendo parcela desse público infantojuvenil recebido doses com a validade expirada em função da temperatura.
Ademais, de acordo com relatório da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), foi constatado que ao menos 880 adolescentes e adultos em Lucena foram imunizados de forma inadequada com doses de Pfizer vencidas.
Da Redação
Com Parlamento PB
