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Congresso do Peru ignora ordem de Castillo e aprova destituição do presidente


 O Congresso do Peru ignorou a ordem do presidente Pedro Castillo para dissolver o Parlamento e aprovou a moção de vacância do político populista. O presidente da Casa convocou a vice, Dina Boluarte, para tomar posse como presidente na tarde da última quarta-feira (7).

A moção de vacância foi aprovada com 101 votos a favor, 6 contra e 10 abstenções. Eram necessários 87 votos para a aprovação.

Mais cedo, Castillo anunciou que dissolveria o Parlamento e anteciparia as eleições no Peru. Ele também decretou um estado de exceção, dizendo que manteria o modelo econômico vigente no país durante o período em que o Congresso estivesse dissolvido. O presidente se antecipou à sessão marcada para esta quarta em que Parlamento se reuniu para analisar seu terceiro processo de destituição.

A princípio, a moção de vacância parecia não representar uma ameaça real ao mandato de Castillo. O líder do partido Perú Libre, Wladimir Cerrón, pelo qual o presidente se elegeu mas manteve relação conflituosa, disse que ele se precipitou. “Não havia votos suficientes para a vacância”, escreveu no Twitter.

No início do dia, a moção de vacância reunia 73 votos dos 87 necessários para sua aprovação. Mas, com o anúncio do presidente de que dissolveria o Parlamento, a medida contra ele ganhou força e, posteriormente, acabou sendo confirmada.

Segundo os jornais El Comércio e La Republica, Castillo se entregou em uma delegacia da capital, Lima. A informação ainda não foi confirmada oficialmente pelas autoridades.

A dissolução do Congresso é um instrumento válido no sistema peruano, desde que o Parlamento tenha rejeitado pelo menos dois votos de confiança ao mandatário. Pedro Castillo enfrenta uma crise permanente desde que assumiu a Presidência, há pouco mais de um ano e meio.

Nesta quarta, o Parlamento se reuniu para analisar terceiro processo de destituição do político, e o anúncio sobre a dissolução se deu a horas do debate —em que o impeachment de Castillo foi aprovado.

O pronunciamento do líder esquerdista disparou uma crise política aguda no país, com a oposição e mesmo a vice-presidente denunciando o que chamam de golpe de Estado. O movimento de Castillo também foi criticado por representações estrangeiras. A embaixadora dos EUA no Peru, Lisa Kenna, afirmou que Washington “insta enfaticamente o presidente a reverter sua intenção de fechar o Parlamento e a permitir que as instituições democráticas funcionem de acordo com a Constituição.”

Da Redação

Do Portal Umari

Com Folha Online

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