Últimas Notícias

Mauro Cid: como ex-ajudante de ordens de Bolsonaro driblou grampos telefônicos


 O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, foi preso na última quarta-feira (3) após operação da Polícia Federal que investiga um esquema de fraudes em cartões de vacinação do ex-presidente, sua família e entorno. Nesse contexto, Cid seria a chave para as investigações não apenas deste caso, mas de uma série de outros, como o escândalo das joias sauditas em que tomou a dianteira da tentativa de recuperação do pacote avaliado em R$ 16,5 milhões e as investigações sobre a morte de Marielle Franco (PSOL-RJ), uma vez que outro preso da operação, Ailton Barros, lhe disse ao telefone que saberia “tudo” sobre o crime.

No entanto, para acessar as conversas e mensagens mais sensíveis às investigações, a Polícia Federal terá de mapear números de telefone alternativos utilizados pelo ajudante de ordens. A suspeita é de que ele teria utilizado tais linhas para driblar eventuais interceptações telefônicas solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

É sabido que durante os três meses em Bolsonaro esteve na Flórida, Cid o acompanhou. No período, também teria utilizado uma linha de telefone alternativa proveniente de operadora dos EUA. Não se sabe em nome de quem a linha estaria registrada.

Fontes da coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles, apostam nesse mapeamento dos telefones alternativos de Cid, e de outras pessoas ligadas ao ex-presidente, para a obtenção de mensagens que possam relacionar Bolsonaro e seu entorno aos episódios investigados, em especial sobre o comando dos ataques a Brasília de 8 de janeiro.

Até o momento, é sabido que além do esquema de fraudar os cartões de vacina, outras 3 investigações que podem afetar Bolsonaro têm o ex-ajudante de ordens como protagonista. Uma das investigações é sobre live transmitida por Bolsonaro em 4 de agosto de 2021, em que o ex-presidente divulgou dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal que investigava um ataque hacker ao Supremo Tribunal Federal. Foi descoberto em seguida que Cid teve influência no episódio.

A segunda investigação diz respeito à live de fevereiro de 2022 em que Bolsonaro relacionou as vacinas contra Covid-19 à contaminação por HIV+. Neste episódio, em que Bolsonaro é acusado de crime contra a saúde pública, Cid foi apontado como integrante das chamadas milícias digitais. Em setembro, ele teve o sigilo bancário quebrado e foram investigadas suas transações financeiras.

Por fim, em dezembro de 2022, Cid foi indiciado por provocar alarme ou perigo inexistente ao estimular pessoas, através de mensagem de tom alarmante, a não usarem máscaras durante a pandemia. Há ainda o caso das joias sauditas em que Cid tentou resgatar o pacote avaliado em R$ 16,5 milhões, além de uma recente declaração levada à público em que afirma ter testemunhado planejamentos de golpes de Estado dentro do Palácio do Planalto após as últimas eleições.

Da Redação

Do Portal Umari

Com Polêmica Paraíba com fórum

Créditos: Polêmica Paraíba

O PortalUmari esclarece aos internautas que o espaço democrático reservado aos comentários é uma extensão das redes sociais e, portanto, não sendo de responsabilidade deste veículo de comunicação. É importante informar que qualquer exagero político e infrações à legislação são de responsabilidade de cada usuário, que possui sua própria conta na rede social para se manifestar, não tendo o PotalUmari o gerenciamento para aprovar, editar ou excluir qualquer comentário, agradece o administrador do PortalUmari Carlos Alcides.

Portal Umari - O fato em primeira mão! by PortalUmari Copyright © 2014

Tecnologia do Blogger.