No entanto, para acessar as conversas e mensagens mais sensíveis às investigações, a Polícia Federal terá de mapear números de telefone alternativos utilizados pelo ajudante de ordens. A suspeita é de que ele teria utilizado tais linhas para driblar eventuais interceptações telefônicas solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
É sabido que durante os três meses em Bolsonaro esteve na Flórida, Cid o acompanhou. No período, também teria utilizado uma linha de telefone alternativa proveniente de operadora dos EUA. Não se sabe em nome de quem a linha estaria registrada.
Fontes da coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles, apostam nesse mapeamento dos telefones alternativos de Cid, e de outras pessoas ligadas ao ex-presidente, para a obtenção de mensagens que possam relacionar Bolsonaro e seu entorno aos episódios investigados, em especial sobre o comando dos ataques a Brasília de 8 de janeiro.
Até o momento, é sabido que além do esquema de fraudar os cartões de vacina, outras 3 investigações que podem afetar Bolsonaro têm o ex-ajudante de ordens como protagonista. Uma das investigações é sobre live transmitida por Bolsonaro em 4 de agosto de 2021, em que o ex-presidente divulgou dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal que investigava um ataque hacker ao Supremo Tribunal Federal. Foi descoberto em seguida que Cid teve influência no episódio.
A segunda investigação diz respeito à live de fevereiro de 2022 em que Bolsonaro relacionou as vacinas contra Covid-19 à contaminação por HIV+. Neste episódio, em que Bolsonaro é acusado de crime contra a saúde pública, Cid foi apontado como integrante das chamadas milícias digitais. Em setembro, ele teve o sigilo bancário quebrado e foram investigadas suas transações financeiras.
Por fim, em dezembro de 2022, Cid foi indiciado por provocar alarme ou perigo inexistente ao estimular pessoas, através de mensagem de tom alarmante, a não usarem máscaras durante a pandemia. Há ainda o caso das joias sauditas em que Cid tentou resgatar o pacote avaliado em R$ 16,5 milhões, além de uma recente declaração levada à público em que afirma ter testemunhado planejamentos de golpes de Estado dentro do Palácio do Planalto após as últimas eleições.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Polêmica Paraíba com fórum
Créditos: Polêmica Paraíba