O presidente da CE (Comissão de Educação) do Senado, Flávio Arns (PSB-PR), disse que o colegiado vai iniciar o debate sobre a proibição dos celulares nas salas de aula logo após as eleições municipais deste ano. O MEC (Ministério da Educação) anunciou que trabalha em uma proposta para enviar ao Congresso sobre o assunto. Mas a ação da CE vai ocorrer independentemente da chegada do texto ao Parlamento, segundo Arns. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
“No Senado, independentemente do projeto, já faremos o debate antecipadamente”, contou o parlamentar ao R7. “Temos que aprovar o requerimento na comissão para o debate acontecer. Vamos ter reunião presencial em 8 de outubro. Vamos aprovar, sem sombras de dúvidas, o requerimento para início do debate. Na semana seguinte, estaremos convidando os expositores, entre os quais, o MEC para explicar o que estão fazendo, pensando e o que está no projeto de lei.”
Conforme o senador do PSB, nada impede os senadores de apresentarem outro projeto a partir da discussão na comissão. Arns explicou não ter sido procurado ainda pelo MEC para tratar sobre o assunto, mas defendeu um amplo debate em torno do tema.
Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), o uso excessivo do aparelho em salas de aula atrapalha o desempenho dos alunos no Brasil e em outros países. Dados da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) mostram que ao menos um em cada quatro países do mundo já implementou leis que proíbem o uso de smartphones nas escolas.
Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Finlândia. Holanda, Itália, Suíça e México estão na lista dos que adotaram a proibição.
Uma pesquisa divulgada em agosto pelo Instituto Real Time Big Data para o Fala Brasil mostrou que mais de 70% dos pais apoiam a limitação do uso do celular na sala de aula. Somente 24% acreditam que o celular pode fazer parte da vida educacional. 30% afirmaram que o uso do aparelho pode ser uma ferramenta útil.