“O brasileiro não quer trabalhar menos, ele quer, acima de tudo, viver melhor, com mais conforto, mais segurança, saúde, educação e independência. Quer ter uma melhor condição de vida e não viver de esmolas do Estado”, escreveu Hang em seu post.
A opinião do empresário reflete a posição de entidades do comércio e da indústria, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que também se mostram contrárias à proposta.
Hang argumenta que a medida impactaria negativamente as empresas, aumentaria os custos para os consumidores e poderia reduzir salários, indo contra o desejo da população. “Recentemente, na inauguração de uma loja Havan no Rio Grande do Sul, uma colaboradora me disse: ‘Prefiro trabalhar aos domingos do que pedir emprego na segunda-feira’. Esse comentário reflete aquilo que as pessoas querem, que é a segurança de uma renda fixa e um ambiente de trabalho estável”, afirmou.
Além disso, o empresário destacou que a mudança na jornada de trabalho traria um custo adicional de 70% para a Havan, segundo cálculos do setor de recursos humanos da empresa. “Isso de uma hora para outra. O que não afetaria apenas as empresas, mas também os consumidores, que enfrentariam preços mais altos. Na realidade, empresários são meros repassadores de custos e isso recai sobre a população que perde parte do valor real dos salários”, completou.
Luciano Hang, que é um notório apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, expressou seu posicionamento contrário à proposta, embora a oposição à PEC 6×1 não seja unânime entre os partidos de direita. Alguns parlamentares, como Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e Fernando Rodolfo (PL-PE), ambos aliados de Bolsonaro, divergiram de seus pares e se manifestaram a favor da proposta.
A PEC, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL), conseguiu reunir o número mínimo de 171 assinaturas em apoio à proposta na quarta-feira (13). Após a conferência das assinaturas, o texto será encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, que analisará a admissibilidade da proposta.
Além disso, um abaixo-assinado online em apoio à PEC já conta com mais de 2,9 milhões de assinaturas até as 17h de quinta-feira (14), demonstrando o apoio popular à medida.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Polêmica Paraíba