Os líderes políticos, que deveriam dar exemplo aos seus
munícipes, estão, em muitos casos, se tornando protagonistas de escândalos,
polêmicas e comportamentos reprováveis. Um dos casos mais recentes ocorreu na
Paraíba, envolvendo o atual prefeito da cidade de Sobrado, Olinaldo Martins da
Silva, conhecido popularmente como Léo Martins. O gestor foi detido pelas
autoridades policiais da cidade vizinha de Sapé, portando uma arma de fogo de
forma ilegal.
A repercussão foi imediata, e o caso se espalhou por todo o
estado, gerando indignação e surpresa. Afinal, que tipo de mensagem isso
transmite para a população de Sobrado e para os paraibanos em geral? Armas de
fogo não deveriam ser símbolo de poder ou proteção pessoal. Pelo contrário,
historicamente, elas representam a violência, a insegurança e, em muitos casos,
a tragédia. Armas não salvam vidas — tiram.
Esse episódio é mais um retrato de uma realidade
preocupante: muitos políticos, ao invés de promoverem a paz, o diálogo e a boa
convivência social, acabam incentivando, direta ou indiretamente, a cultura da
violência. E isso acontece enquanto a população clama por dias melhores, por
segurança, por respeito, por líderes que saibam, de fato, conduzir uma cidade,
um estado, um país.
Nos tempos atuais, marcados por guerras e tensões ao redor
do mundo, seria fundamental que nossas lideranças tivessem um papel
pacificador, educativo e exemplar. Mas, infelizmente, o que vemos com
frequência são atitudes que promovem o medo, a intolerância e a desconfiança.
O caso do prefeito Léo Martins serve de alerta. Esperamos
que ele possa refletir sobre a gravidade do ocorrido e, mais do que isso, que
consiga reverter essa imagem negativa com atitudes concretas e dignas de um
gestor público. A sociedade precisa de bons exemplos. E, enquanto nossos
representantes não entenderem a responsabilidade que carregam sobre os ombros,
a humanidade continuará carente de líderes nos quais possa verdadeiramente se
espelhar.
É preciso mudar. É preciso repensar. E, acima de tudo, é
preciso agir com responsabilidade. Porque o futuro — e o exemplo — começa
agora.
Da Redação






