A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) em parceria com a Polícia Civil de São Paulo. Michele foi detida ao chegar a uma universidade no bairro do Engenho Novo, na Zona Norte do Rio.
Segundo as investigações, Neil morreu em abril, poucas horas após comer a refeição preparada pela filha. O laudo médico apontou insuficiência respiratória aguda, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva, mas a polícia suspeita que a causa real tenha sido envenenamento. O corpo do idoso será exumado nesta quinta-feira (9) para confirmar a hipótese.
Em depoimento, Michele negou envolvimento e chorou ao chegar à delegacia. A prisão temporária foi decretada pela Justiça de São Paulo, já que o caso pode estar ligado a outros homicídios ocorridos em Guarulhos (SP).
De acordo com o delegado Renato Martins, da DHBF, a conexão entre os crimes foi descoberta após a prisão de Ana Paula Veloso Azevedo, amiga de Michele, que confessou ter participado de quatro mortes por envenenamento, inclusive a de Neil.
As investigações apontam que Michele teria contratado Ana Paula para envenenar o pai, custeando a viagem da amiga de São Paulo ao Rio. Mensagens trocadas entre as duas mencionavam a preparação de “uma feijoada para o pai de Michele”.
Segundo o delegado Halisson Ideiao, responsável pelo caso em São Paulo, Ana Paula testava os efeitos das substâncias em dez cachorros, utilizando chumbinho e terbufós, um agrotóxico altamente tóxico. “Ela sabia exatamente o tempo e a dosagem. Agia de forma calculada”, afirmou o delegado, que a descreveu como uma “psicopata”.
A polícia paulista também investiga a irmã gêmea de Ana Paula, Roberta Veloso, suspeita de dar apoio moral e material aos crimes.
As forças policiais dos dois estados agora tentam confirmar a ligação entre os homicídios e identificar todos os possíveis mandantes.
Com informações do IG






