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Menino morto pelo próprio pai em João Pessoa era cedo, autista e monossilábico; Homem se entregou em Santa Catarina

 

Um caso de extrema crueldade chocou João Pessoa neste domingo (2), Dia de Finados. O corpo de um menino de 11 anos, autista, deficiente visual e monossilábico, foi encontrado dentro de um saco plástico preto, em posição fetal, parcialmente enterrado em um galpão abandonado às margens da BR-101, próximo ao bairro das Indústrias.

De acordo com a Polícia Militar, o menino havia sido assassinado pelo próprio pai, que confessou o crime em uma ligação à mãe da criança. Em tom de desespero, o homem teria dito:

“Perdi a cabeça com ele. Matei o menino.”

Após a denúncia feita pela mãe, equipes policiais foram até o local indicado pelo pai e encontraram o corpo da criança, sem roupas, dentro de um saco de lixo, em uma cova rasa, parte do corpo já exposta. O perito Ademar Roberto confirmou que não havia marcas aparentes de espancamento ou ferimentos por arma de fogo ou arma branca. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Polícia Científica (IPC), no bairro do Cristo, onde passará por exames complementares.

Segundo as investigações iniciais, o homem, que mora em Florianópolis (SC), teria viajado a João Pessoa para buscar o filho, alegando à mãe que o levaria para passar alguns dias em Santa Catarina. Ele pegou a criança na última sexta-feira (31), no bairro de Manaíra, e desapareceu com o menino. A mãe tentou contato durante todo o fim de semana, mas só recebeu retorno na manhã deste domingo, quando o pai confessou o assassinato e revelou onde havia deixado o corpo.

A polícia apura informações de que o homem teria usado um carro por aplicativo para transportar o corpo até o galpão, colocando o menino dentro de um saco com travesseiros para disfarçar e não levantar suspeitas do motorista. O motorista será ouvido pela Delegacia de Homicídios da Capital.

O delegado Bruno Vito Germano, responsável pelo caso em João Pessoa, confirmou que a mãe já foi ouvida e que a investigação segue em cooperação com as autoridades de Santa Catarina.

“Ele se apresentou em uma delegacia em Florianópolis e confessou o crime. Agora trabalhamos para garantir que ele responda por essa atrocidade e não escape das garras da Justiça”, declarou o delegado.

O crime causou comoção e revolta entre populares que acompanharam o trabalho da perícia no local.

“Isso é de deixar lágrimas nos olhos. Um pai não pode fazer isso com o filho. Só Deus tem o direito de tirar uma vida”, desabafou um morador, emocionado.

A Polícia Civil investiga se o pai agiu sozinho ou contou com ajuda de alguém para ocultar o corpo e tenta esclarecer como ele chegou ao local, distante da residência da família. O caso segue sob investigação.





 Com Portal do Litoral

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