Silveira estava em prisão domiciliar, mas, no mês passado, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, voltou para a cadeia em razão de desrespeitar reiteradamente o uso da tornozeleira. Ele responde a processo por ataques aos ministros do STF. Na ocasião em que determinou a volta do deputado à cadeia, Alexandre de Moraes afirmou na decisão que o deputado demonstrava “total desprezo pela Justiça”.
Nesta quinta, o delegado Leonardo Reis Guimarães informou ao ministro Alexandre de Moraes o teor do termo de declaração de Silveira, que compareceu acompanhado do advogado — atualmente, o deputado está preso no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio, em Niterói.
No depoimento, Silveira apontou “falhas sistêmicas” na região serrana do Rio de Janeiro, o que, segundo ele, o impedia de carregar o aparelho. Ele disse que, entre 1º e 3 de maio, ficou sem recarregar o aparelho em razão de blecaute na rede elétrica. O delegado informou ao ministro que consultará a companha de energia elétrica “para constatar a veracidade sobre constantes faltas de energia na região”.
Ele também argumentou que os treinos diários de muay thai “podem ter danificado o interior do equipamento, mas a cinta externa está intacta”.
Silveira disse ainda que foi necessária a troca do carregador porque, de acordo com o texto do escrivão que redigiu os termos do depoimentos, “o cachorro do declarante roeu o carregador do aparelho, o que motivou sua ida até a central para troca do carregador”.
Embora tenha afirmado não concordar com determinação de uso de tornozeleira — que considera “ilegal” — Silveira ressalvou ter “consciência de que ordem judicial se cumpre, independentemente, de seu conteúdo”.
Da Redação
Com G1