Segundo integrantes do governo, era preciso esperar a organização das bancadas após a posse no Congresso, em 1º de fevereiro, para que os pleitos fossem ordenados, já que essas autarquias contam com estruturas estaduais. Também haverá distribuição de postos secundários nas coordenadorias regionais da Codevasf e do Dnocs. Sobretudo para estes, o PT, partido do presidente, exige compensações por ter aceitado abrir mão das primeiras vice-presidências da Câmara e do Senado nas eleições das mesas das duas Casas, no começo do mês. Mas outras siglas do Centrão também estão na disputa.
Embora essas autarquias com braços estaduais e regionais estejam ligadas ministérios, muitos deles comandados por partidos aliados, a diretriz definida por Lula é que as legendas não controlam todos os cargos que estão sob o guarda-chuva de suas pastas — ou seja, os ministérios não foram entregues de “porteira fechada”.
A ideia do governo é contemplar parlamentares que não têm capital político para fazer indicações para as vagas mais disputadas, como chefias nacionais dos órgãos e no primeiro escalão. Todas as indicações são negociadas diretamente com o Ministério das Relações Institucionais, comandado por Alexandre Padilha. Após o aval da pasta, os nomes são encaminhados para a Casa Civil, que faz um pente-fino para verificar se há restrições legais para a nomeação. Podem ser barrados pelo ministério de Rui Costa aqueles que respondem ações na Justiça ou têm ficha-suja, por exemplo.
O governo Lula avalia hoje ter uma base de cerca de 270 deputados e de 53 senadores. Todos esses parlamentares, em tese, estão aptos a indicar cargos na estrutura do governo federal, seja no plano nacional ou nas esferas estaduais.
Há no governo, porém, quem defenda que as nomeações sejam feitas a conta-gotas e nas vésperas de votações importantes. O entendimento de um assessor direto de Lula é que os parlamentares nunca estão satisfeitos e sempre que veem um pleito atendido apresentam outro.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Parlamento PB