O montante calculado pela PF não considera outros bens ainda pendentes de perícia e também não contabiliza o valor de esculturas de um barco e de uma árvore, além de um relógio Patek Philippe, também desviados do acervo público brasileiro, mas que não foram recuperados.
Em alguns trechos do documento, a investigação chegou a citar que os desvios chegaram a R$ 25 milhões, mas segundo a PF informou posteriormente, os desvios são de R$ 6,8 milhões. O valor correto consta em outros trechos do relatório.
De acordo com a PF, Bolsonaro e as outras 11 pessoas indiciadas “utilizavam da estrutura do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica – GADH para ‘legalizar’ a incorporação dos bens de alto valor, presenteados por autoridades estrangeiras, ao acervo privado do ex-presidente da República Jair Bolsonaro”.
Segundo a PF, assessores de Bolsonaro atuaram na prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo ocupado pelo ex-presidente. Os integrantes do esquema agiam em nome de Jair Bolsonaro em viagens internacionais. Os presentes eram entregues por autoridades estrangeiras, como no caso das joias dadas pelo governo saudita, e, posteriormente, eram desviados e vendidos no exterior. O valor obtido dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e passavam a integrar o patrimônio particular de Jair Bolsonaro. Os meios bancários normais eram evitados com objetivo de “ocultar a origem do dinheiro”, segundo a PF.
Os documentos de indiciamento de Bolsonaro foram protocolados no Supremo Tribunal Federal na sexta-feira (5).
Confira o valor de mercado dos itens desviados:
Da Redação
Do Portal Umari
Com G1