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Depois do G20, Lula recebe presidente da China, Xi Jinping, em Brasília

 Expectativa é que a chamada nova rota da seda, iniciativa chinesa de infraestrutura global, seja tema de conversa entre os presidentes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber o presidente da China, Xi Jinping, em Brasília em 20 de novembro, um dia depois da cúpula dos líderes do G20. Xi Jinping vai participar do evento no Rio de Janeiro (RJ) entre 18 e 19 de novembro e, em seguida, embarca para a capital federal. O encontro na capital carioca vai encerrar a presidência brasileira do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.

Lula e Xi Jinping devem discutir acordos entre os dois países. A expectativa é que a chamada nova rota da seda seja tema de conversa entre os dois presidentes. Lançada em 2013 pelo país asiático, a iniciativa propõe uma rede global de infraestrutura, com ferrovias, hidrovias e rodovias. Durante visita do petista a Pequim, no ano passado, o Brasil não anunciou a adesão ao projeto, o que frustrou a expectativa da China.

Em agosto, porém, Lula confirmou que vai discutir o assunto com os chineses. “Os chineses querem discutir conosco a rota da seda, nós vamos discutir a rota da seda, não vamos fechar os olhos não. O que tem para nós? O que eu tenho com isso? O que eu ganho? O Brasil precisa estar preparado, porque depois do G20 eu tenho uma bilateral, aqui em Brasília, com a China. É uma reunião que vamos comemorar os 50 anos de relação diplomática, mas é uma reunião que a gente vai discutir uma parceria estratégica de longo prazo. Ou seja, queremos ser uma economia mais forte que já fomos e nós precisamos de buscar parceiros”, afirmou, à época.

Lula aproveitou para reforçar o interesse brasileiro em manter acordos com os Estados Unidos, apesar da aproximação com a China.

“E não pense que quando eu falo da China, eu quero brigar com os Estados Unidos. Pelo contrário, eu quero os Estados Unidos do nosso lado tanto quanto a China. Eu quero saber é onde nós entramos, qual é o lugar que eu vou entrar, com quem eu vou dançar. Porque o Brasil precisa se respeitar, e aí vai se respeitar quando tiver projeto”, completou.

De um lado, o governo brasileiro quer a inclusão de empresas chinesas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por meio de concessões ou fornecimento de materiais, por exemplo. Do outro, a China corteja o Brasil para aderir à nova rota da seda, mas o tema ainda divide opiniões.

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