“Nessa época eu já não morava no Brasil. Eu sequer estava no país. Então, é impossível que eu tivesse assinado presencialmente essas procurações”, afirmou Raquel Otila.
Ela apresentou à Polícia Civil um documento da Polícia Federal que comprova que não estava no Brasil nas datas das assinaturas, entre maio de 2020 e novembro de 2021.
Na semana passada, o Ministério Público denunciou uma funcionária do cartório e Ney Suassuna por falsificação de documento público. A denúncia foi rejeitada pela Justiça por falta de provas.
O Ministério Público ainda não foi notificado da decisão e pode recorrer. A investigação contra o cartório continua na Corregedoria Geral da Justiça.
Ney Suassuna não quis gravar entrevista. Em depoimento à polícia, negou ter falsificado documentos e disse que pretende processar Raquel por denunciação caluniosa.
A Corregedoria abriu processo disciplinar para apurar possível falha gerencial da tabeliã Fernanda Leitão.
“É impossível exigir que a tabeliã seja onipresente, esteja ao lado de todos os funcionários 24 horas por dia enquanto eles praticam os seus atos. Se assim o fosse, não teria razão de ser dela ter funcionários”, afirmou Paulo Camargo.
A denúncia contra Ney foi veiculada na noite de ontem em uma matéria do Fantástico, da TV Globo, que tratava sobre fraudes em cartórios. Os casos envolvem venda ilegal de sepultura, desvio de precatório de idosa, uso de procurações falsas e reconhecimento de firma de um bicheiro morto.
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Com Fantástico






