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Alckmin avalia recuo dos EUA como ‘positivo’, mas reconhece necessidade de nova redução

 Brasil pretende pedir diminuição em tarifas ao café, por exemplo. Alckmin detalhou que, do total de exportações aos EUA, 42% têm alíquota zero ou de 10%.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) elogiou neste sábado (15) o recuo dos EUA em parte do tarifaço a produtos brasileiros exportados. Segundo Alckmin, a determinação do presidente americano, Donald Trump, foi “positiva”. Também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin é quem lidera as negociações com os EUA.

Ele atribuiu o recuo a um “conjunto de fatores”, que vai desde o “empenho” do governo brasileiro, à “sensibilidade” do governo americano e à atuação dos empresários brasileiros e dos EUA. O ministro lembrou ainda que, antes do recuo, o Brasil tinha 23% de produtos com tarifa zero. Agora, tem 26%.

“O presidente Lula sempre orientou diálogo e negociação. (Ele sempre dizia) que não tem tema proibido. O Brasil quer resolver. (Também há) a sensibilidade do governo americano, que reduziu custos a seus consumidores, e a iniciativa privada que tem ajudado. Tanto empresários brasileiros, quanto americanos, que são os maiores interessados no comercio exterior”, afirmou o vice-presidente.

Alckmin, porém, reconheceu que os esforços do Brasil ainda continuam para tentar diminuir tarifas de outros setores, a exemplo do café, que diminuiu tributação de 50% para 40%.

“Vamos continuar trabalhando para reduzir mais. No caso do café, não tem sentido. Ainda é alta (a taxa de) 40% e o Brasil é o maior fornecedor de café (aos EUA), especialmente (o café) arábico”, prosseguiu o vice-presidente.

Alckmin detalhou que, do total de exportações aos EUA, 42% têm alíquota zero ou de 10%; 24% têm tarifa de 50% (ao lado de todo o mundo); e 33% estavam com alíquota de 50%, agora reduzidas a 40% com a nova ordem de Trump.

Esses 33% são o “problema”, na avaliação de Alckmin, e é nisso que o Brasil pretende focar agora.

Entenda

Na noite da sexta-feira (14), Trump assinou uma ordem executiva que reduz tarifas sobre a importação de uma série de produtos agrícolas, incluindo café, carne bovina, laranja e açaí.

Segundo o documento, serão suspensas as tarifas recíprocas originalmente impostas por Washington a outros países em abril deste ano. No caso do Brasil, essa taxa foi de 10%.

A ordem executiva lista uma série de outros produtos agrícolas e alimentícios que deixam de pagar a tarifa recíproca. Entre eles:

  • Carnes bovinas e vísceras: carcaças, meias-carcaças, cortes frescos, resfriados, congelados, e vísceras em diversas formas de conservação;
  • Frutas e vegetais: tomate, jicama (espécie de batata de origem mexicana), fruta-pão, chuchu, broto de bambu, castanha-d’água, mandioca, inhame e taioba;
  • Nozes e castanhas: coco, castanha-do-pará, castanha de caju, castanha portuguesa, macadâmia, noz-de-cola, pinhões;
  • Bebidas e suplementos: suco de laranja, água de coco, suco de açaí, misturas com água de coco e preparações de açaí para bebidas;
  • Especiarias: café (torrado, não torrado e descafeinado), chá, mate, pimentas, baunilha, canela, noz-moscada, gengibre, açafrão.

As exclusões passaram a valer de forma retroativa para mercadorias importadas ou retiradas de armazém para consumo a partir de 13 de novembro.

A decisão representa um alívio para o agronegócio do Brasil, que vem sendo afetado desde agosto pelo tarifaço de 50% (tarifa recíproca de 10% mais uma sobretaxa de 40%) imposto pelos EUA sobre mercadorias importadas do país.




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