De acordo com Cartaxo, a conjuntura coloca a direção nacional do PT em uma posição confortável, já que ambos os projetos políticos do campo majoritário paraibano já sinalizaram alinhamento com o presidente da República.
Lucas Ribeiro integra a base do governador João Azevêdo (PSB), da qual o PT faz parte atualmente. O vice-governador já declarou que oferecerá palanque a Lula em 2026, enquanto João Azevêdo é pré-candidato ao Senado com apoio público do presidente.
No outro campo, Cícero Lucena também tem intensificado gestos de aproximação com Lula e com o PT. O prefeito da capital afirma manter diálogo aberto com a legenda e, recentemente, se reuniu com o presidente nacional do partido, Edinho Silva, e com a presidente estadual do PT, deputada Cida Ramos.
Cícero é filiado ao MDB, partido comandado na Paraíba pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, que também disputará o Senado com o respaldo de Lula. Para Cartaxo, esse contexto explica por que o PT ainda não tomou uma decisão antecipada sobre o apoio na disputa estadual. “A Nacional do PT está em uma posição muito cômoda. Você tem dois candidatos a governador do estado e os dois declararam voto a Lula”, afirmou durante entrevista ao podcast A Tal da Política, apresentado por Rudney Araújo.
O deputado lembrou ainda que um cenário de apoio duplo não seria novidade. Em 2022, o PT integrou a chapa de Veneziano Vital do Rêgo, enquanto Lula também foi apoiado por João Azevêdo, então candidato à reeleição ao Governo do Estado, ainda no primeiro turno. O apoio formal do PT a João só ocorreu no segundo turno, após Veneziano encerrar a disputa em quarto lugar.
Segundo Cartaxo, a possível repetição desse modelo em 2026 evidencia a força política de Lula na Paraíba e amplia o espaço de diálogo do PT no processo sucessório estadual.
Com PB Agora
