Vivemos tempos em que, infelizmente, o valor das pessoas tem
sido medido não pelo que elas são, mas pelo que possuem. Nos dias de hoje, para
muitos, você só “vale” pelo carro que dirige, pelo cargo que ocupa, pela conta
bancária que ostenta ou pelas vantagens que pode oferecer. Quando não há
interesse, sobra indiferença. E a indiferença é uma das formas mais cruéis de
desumanização.
Ao longo da vida e da caminhada profissional, todos nós, em
algum momento, já fomos ignorados, subestimados ou tratados com frieza por
pessoas que enxergam o outro apenas como um meio para alcançar objetivos
pessoais. Diante dessas atitudes, a melhor reação não é o ódio nem o desejo de
vingança, mas a consciência de que caráter não se compra, não se finge e não se
negocia.
A humanidade parece ter se distanciado de valores
essenciais. Perdemos, aos poucos, o hábito de olhar nos olhos, de ouvir com
atenção, de respeitar a história de cada pessoa. Esquecemos que, acima de
qualquer bem material, existe algo infinitamente mais valioso: o amor de um
pelo outro. Como nos ensina o maior mandamento de Deus, amar ao próximo como a
si mesmo não é apenas um gesto de fé, mas uma necessidade para a sobrevivência
moral da sociedade.
Se o ser humano parasse para refletir um pouco mais sobre
isso, o mundo seria muito diferente. Haveria menos desigualdade emocional,
menos arrogância e mais empatia. Entenderíamos que ninguém é invisível aos
olhos de Deus e que cada pessoa carrega uma história, uma dor e um sonho.
Por isso, fica a reflexão — e também a dica: nunca trate
alguém como se fosse invisível. Não use pessoas como degraus para chegar aonde
você deseja. Objetivos alcançados à custa da desumanização não têm valor real.
O respeito, a empatia e o amor ao próximo ainda são — e sempre serão — as
maiores riquezas que um ser humano pode possuir.
Mari:
23/12/2025 Por Carlos Alcides
Da Redação






