A Prefeitura de Campina Grande negou, por meio de nota, denúncia de redução em 50% do percentual de recursos destinados para o tratamento de pacientes com câncer do Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP). Mas admitiu que a Secretaria Municipal de Saúde estabeleceu o cumprimento da realização mensal de até 50 cirurgias oncológicas, quando normalmente eram realizadas 100 procedimentos por mês.
De acordo com o esclarecimento da PMCG, a administração está apenas "respeitando o teto financeiro de R$ 2,6 milhões repassados, por ano, pelo Ministério da Saúde para esta finalidade. "A medida foi necessária porque a Prefeitura não tem mais como cobrir o déficit financeiro causado pela falta de investimentos para custeio das cirurgias oncológicas", explica a prefeitura.
Ainda de acordo com a Prefeitura campinense: "Mesmo num período de crise financeira nacional, desde o ano de 2013, a Prefeitura vinha arcando, com recursos próprios, os valores excedentes do teto do Ministério da Saúde para realização de cirurgias oncológicas no município".
De acordo com a nota, somente em 2016, o valor total investido nestes procedimentos superaram a casa dos R$ 4 milhões, deixando um déficit para os cofres municipais de mais de R$ 1,4 milhão. "Os recursos destinados pela Prefeitura garantiram não apenas o tratamento dos pacientes da cidade, como também o de pessoas de outras dezenas de municípios paraibanos", diz a nota.
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A PMCG informou que diante do problema, que já é de conhecimento dos Governos Estadual e Federal, a secretária municipal de Saúde, Luzia Pinto, esteve nestas terça (24) e quarta-feira (25) em Brasília (DF) para tratar do assunto mais uma vez junto ao Ministério da Saúde.
"A secretária cobrou celeridade do Ministério da Saúde na recomposição do teto financeiro para oncologia do município de Campina Grande, a fim de que os paraibanos não sejam mais prejudicados com a insuficiência de incentivos de custeio para o tratamento do câncer", diz a prefeitura, que não apontou uma solução para os pacientes que deixarão de ser cirurgiados, enquanto não houver a recomposição do tet financeiro para oncologia em Campina.
Da Redação
Com Click PB





