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Delegado diz que gerente pode responder por conivência se tiver omitido imagens na pizzaria

A informação é do delegado Paulo Josafá, responsável pelas primeiras investigações, que tomou conhecimento da existência de imagens gravadas no momento do crime.
O gerente da pizzaria Rodízio do Paulista, localizada no bairro Aeroclube, em João Pessoa, onde duas pessoas foram baleadas por um policial militar e uma delas morreu também, poderá responder judicialmente, assim como o atirador. A informação é do delegado Paulo Josafá, responsável pelas primeiras investigações, que tomou conhecimento da existência de imagens gravadas no momento do crime.
As vítimas chegavam à pizzaria para uma confraternização, nessa quarta-feira (12), quando foram recebidas a tiros disparados pelo soldado Vieira, do Choque da Polícia Militar. Fausto Targino de Moura Júnior, de 25 anos de idade, e Rosivaldo Silva de Oliveira, com 22 anos, foram atingidos e Fausto morreu ainda na noite de ontem, e Rosivaldo permanece internado em estado grave no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.
O delegado Paulo Josafá falou sobre o depoimento de um dos sobreviventes do grupo atacado. “Ricardo disse que o segurança como se suspeitasse deles, mas ele jamais imaginava que o segurança iria achar que eles eram assaltantes. Momentos depois chegou o (carro) Uber com os colegas deles. Ao todo foram seis pessoas (que chegaram ao local como um grupo de amigos).”
Paulo Josafá explicou também sobre o momento da abordagem. “Quando eles foram em direção ao Uber para receber os colegas, viram que uma pessoa partiu de lá (da pizzaria) atirando em direção a eles. Um tiro atingiu logo o Fausto Targino e o outro atingiu o motorista do Uber. O Ricardo se deitou no chão com os braços para cima pedindo que não atirasse nele, dizendo: ‘nós não somos bandidos, não somos assaltantes. Viemos para cá confraternizar aniversário do meu patrão’. Foi quando o segurança percebeu que não era assalto, pediu desculpas, muito nervoso, e foi embora.”
"Ontem, o gerente disse que o monitor não estava funcionando e que não havia gravação das imagens. Então, eu apreendi, requisitei, fiz o auto de apreensão e, hoje, já foi remetido ao IPC (Instituto de Polícia científica). Mas foi relatado por funcionários que existem sim as imagens, que elas são boas e que estavam gravando", explicou o delegado Paulo Josafá, que deu início às investigações do caso.
"Nessa situação, se ele não tiver falando a verdade, estiver omitindo provas de um crime de homicídio, um crime grave, ele vai responder também com o autor, por conivência. Hoje, parece que o advogado da empresa deu uma entrevista sobre o caso, dizendo que existem as imagens, que viu as imagens e deu detalhes da imagem. E como ele negou ontem?", questionou o delegado Josafá.
O material apreendido no local, o HD, foi enviado ao IPC hoje, para exame. O soldado acusado do crime se apresentou e foi liberado. O delegado Paulo Josafá explicou que a apresentação espontânea inibe a prisão em fragrante.
Ainda conforme Josafá, o caso será remetido para o delegado Giovanni Jacomelli, que irá assumir a investigação.
Da Redação
Com Click PB
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